Microsoft Research apresenta tecnologia de controle de PC com reações musculares
Por Fernanda Morales | 05 de Agosto de 2012 às 17h35
O departamento de pesquisas tecnológicas da Microsoft, o Microsoft Research, apresentou nesta semana o protótipo de um sistema de controle de interfaces eletrônicas feito pelos movimentos musculares do corpo humano.
Com o novo sistema, os usuários poderão controlar seus computadores e até jogar games utilizando apenas sensores conectados aos seus braços, que captam as informações dos movimentos com base nas reações musculares do usuário.
O sistema utiliza eletromiografia que detecta as cargas elétricas criadas pelas células musculares
De acordo com o Extreme Tech, a nova tecnologia se baseia na eletromiografia (EMG), que é basicamente o equivalente muscular de um eletroencefalograma. A EMG, por sua vez, detecta as cargas elétricas criadas pelas células musculares após receberem um sinal a partir do cérebro.
Ao colocar uma braçadeira ao redor dos músculos do antebraço do usuário, onde estão localizados os músculos que controlam os dedos, o EMG pode detectar com precisão todos os movimentos das mãos e dedos do usuário. Com alguns treinamentos, o software pode ser capaz de converter leituras da tecnologia em gestos que podem substituir os mouses e teclados tradicionais.
No pedido de patente do sistema, a empresa sugere que o sistema não precisa necessariamente ser utilizado em uma pulseira ou braçadeira. Ele pode ser, por exemplo, usado em uma peça de roupa, um relógio de pulso e até em um par de óculos.
O sistema é alimentado por uma bateria recarregável e conectado a uma central através de uma conexão sem fio, garantindo assim que o usuário não tenha que ficar preso a cabos para utilizar a tecnologia de controle.
Além disso, a Microsoft afirma que o sistema também poderá ser equipado com mecanismos de reação, ou seja, dependendo do movimento que o usuário produzir, a braçadeira irá responder com sinais vibratórios ou luminosos.
Por enquanto, a empresa aguarda o licenciamento de sua patente tecnológica para continuar suas pesquisas e, quem sabe, em um futuro próximo disponibilizá-la no mercado.