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Chip controlado remotamente pode ser o futuro dos contraceptivos

Por| 07 de Julho de 2014 às 18h00

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Chip controlado remotamente pode ser o futuro dos contraceptivos
Chip controlado remotamente pode ser o futuro dos contraceptivos

Uma maneira segura, efetiva e planejada de controlar a natalidade com a ajuda da tecnologia. Essa é a promessa da companhia MicroCHIPS, de Lexington, Massachusetts, que vem desenvolvendo chips para serem implantados sob a pele.

O dispositivo eletrônico tem em seu núcleo central um chip de 20 x 20 x 7 milímetros, capaz de durar 16 anos – a estimativa de metade da vida reprodutiva de uma mulher. Ele pode ser utilizado via controle remoto e, a partir de programação, fazer a entrega diária de 30mg de Levonorgestrel, medicação utilizada em tratamentos hormonais contraceptivos e em casos contraceptivos de emergência, informa o CNet.

O chip – com matrizes de reservatórios capacitados a conter e proteger o hormônio – pode ser desligado caso a mulher deseje ter um filho e ligado novamente quando ela precisar. E, além de carregar contraceptivos, a novidade já vem sendo cotada a entregar outros tipos de medicamentos pelo mesmo processo.

"Essas matrizes foram criadas com a compatibilidade pré-programada com microprocessadores, telemetria sem fio ou sensor com resposta para ativar controles", diz a empresa. "Reservatórios individuais de dispositivos podem ser abertos sob demanda, em calendário pré-determinado para liberar precisamente a quantidade de droga ou via sensor."

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Tecnicamente falando, o chip libera o conteúdo do reservatório no minuto em que a corrente elétrica de uma pequena bateria interna passa através de um selo hermético de titânio e platina, derrentendo-o e deixando a dose percorrer o corpo.

Por enquanto, os testes realizados em humanos vêm dando certo. Os chips vêm liberando medicação para osteoporose para mulheres que já passaram pelo período de menopausa, mais de uma vez ao mês. Eles são colocados no corpo com anestesia local e o procedimento dura menos de 30 minutos. Até o momento não foram registradas reações adversas.

Mesmo com muita gente já pensando nas possibilidades, ainda há duas questões primordiais a serem resolvidas. A primeira é encontrar uma maneira de encriptar os chips de maneira completamente segura, para que alguém não-autorizado não possa controlá-lo sem fio. A segunda é a aprovação dos itens e procedimentos junto ao Food and Drug Administration (FDA), que controla a regulamentação de alimentos e medicação nos Estados Unidos.

O projeto vem sendo realizado como apoio do programa Bill & Melinda Gates Foundation Family Planning e é liderado por Robert Langer, famoso engenheiro do Instituto de Tecnologia de Massachusetts.