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Biobateria em forma de tatuagem gera energia elétrica a partir do suor

Por| 19 de Agosto de 2014 às 16h20

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Biobateria em forma de tatuagem gera energia elétrica a partir do suor
Biobateria em forma de tatuagem gera energia elétrica a partir do suor

Já imaginou sair para correr e seu próprio suor produzir energia elétrica para alimentar um monitor de batimento cardíaco? As tecnologias vestíveis estão em foco e todas as atenções estão se voltando para esse mercado. Um grupo de pesquisadores descobriu uma nova maneira de produzir energia elétrica para esses dispositivos utilizando o suor gerado pelo corpo.

O sensor vem na forma de uma tatuagem temporária que detecta a quantidade de lactato (um sal do ácido láctico, que produzimos durante exercícios).

De maneira geral, quanto mais intenso o exercício, maior a quantidade de lactato produzida. Sendo assim, essa substância é importante para determinar como você está durante a prática esportiva.

A ciência

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Quando você está fazendo exercícios, o corpo precisa de energia e inicia um processo chamado glicólise, que produz energia e lactato. Esse subproduto atualmente é detectado no sangue por meio de procedimentos intrusivos, que são utilizados por atletas para monitorar o rendimento dos treinamentos.

Porém, uma estudante de PhD chamada Wenzhao Jia, da Universidade da Califórnia em San Diego, desenvolveu um sensor colocado em uma tatuagem temporária que consegue detectar o nível da substância, e ainda gera uma pequena corrente elétrica no processo.

A pesquisadora fez testes com voluntários realizando diversos exercícios em diversas intensidades. Um fato interessante é que quanto mais sedentária é a pessoa, maior a quantidade de energia elétrica produzida. Isso se dá porque essas pessoas atingem a fadiga mais rapidamente, e o corpo inicia o processo para obtenção de energia extra, gerando mais lactato do que uma pessoa com bom condicionamento físico.

No entanto, é preciso avançar mais nas pesquisas, porque a quantidade de energia produzida ainda é pequena. O máximo produzido pelo grupo que gera mais energia foram 70 microWatts por centímetro quadrado de pele, mas os sensores têm apenas 6 milímetros quadrados, gerando cerca de 4 microWatts cada um. Um relógio, por exemplo, precisa de 10 microWatts.

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Para tornar a tecnologia viável, deve-se encontrar uma maneira de aumentar a energia produzida e ter aparelhos eletrônicos mais otimizados para o baixo consumo.

Muitas pesquisas estão girando em torno dos dispositivos vestíveis, como relógios inteligentes e monitores de sinais vitais para quem pratica exercícios, e um aparelho que se alimenta somente do suor é muito promissor.

Confira um vídeo do experimento.