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Conectividade na América Latina é "um crime", afirma Presidente da Qualcomm AL

Por| 08 de Janeiro de 2016 às 17h31

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De Las Vegas, Nevada*

Na avaliação do Presidente da Qualcomm para a América Latina, Rafael Steinhauser, quando o assunto é conectividade, a realidade da região permanece preocupante.

A estimativa é que atualmente existam 750 milhões de linhas telefônicas na América Latina, para um total de cerca de 500 milhões de usuários únicos - uma penetração considerada "boa", quando levamos em consideração populações de crianças, idosos e outros grupos em regiões isoladas do continente.

Entretanto, a qualidade dessas conexões ainda é um problema. A estimativa é que cerca de 360 milhões do total de 750 milhões de linhas telefônicas ainda sejam 2G, uma rede móvel insuficiente para acessar qualquer tipo de conteúdo online de informação ou entretenimento. Pior ainda: celulares 2G continuam sendo vendidos na região. Só em 2015, cerca de um quarto do total de novos dispositivos comercializados na América Latina era 2G - um "crime", na avaliação do executivo.

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"Tão importante quanto fazer ligações hoje é estar conectado à internet, ainda mais para usuários da América Latina. E uma grande parte destes usuários não consegue se conectar à internet", avaliou Steinhauser. "Essas pessoas são digitalmente excluídas".

Além disso, apenas 20% do total de novos dispositivos vendidos são habilitados para a rede 4G. Na China, por exemplo, o número já é de 80%. De acordo com Steinhauser, o crescimento do número de linhas 4G na região seria positivo não só para o consumidor final, mas também para as operadoras locais. Em média, produzir 1 GB de dados 4G é cerca de cinco vezes mais barato do que a mesma quantidade de dados 3G.

Esse barateamento da produção de dados é importante para auxiliar outra situação crítica que a região ainda observa: os altos custos dos pacotes de dados. Hoje, três a cada quatro usuários da América Latina utilizam linhas pré-pagas de telefonia celular, sendo a grande maioria delas sem acesso à Internet móvel por causa dos preços altos dos dados na região. "As operadoras estão implorando por redes 4G", comentou

*O jornalista viajou para Las Vegas a convite da Qualcomm.