CES 2019 | Teslasuit pode trazer experimento de Black Mirror para a vida real
Por Natalie Rosa | 10 de Janeiro de 2019 às 11h30
Um dos episódios mais perturbadores de Black Mirror pode se tornar realidade se depender da empresa Teslasuit. Em Playtest, da terceira temporada da série, o personagem Cooper passa por um teste de um jogo de videogame com uma nova tecnologia de realidade aumentada que entra em seu cérebro e faz os acontecimentos assustadores parecerem reais.
É claro que o projeto não vai ser nada parecido com o game de Playtest, e muito menos mortal como acontece na produção da Netflix, mas a ideia da companhia é que os usuários passem por uma verdadeira sensação de imersão com o Teslasuit. O produto se trata de uma vestimenta eletrotátil que imita sensações como tocar um objeto, sentir o impacto de um soco ou esbarrar em algum lugar, tudo isso com a ajuda de configurações de realidade aumentada e virtual.
A vestimenta é capaz de fazer captura de movimento, revelando como uma pessoa se move e responde ao ambiente em que está, fazendo ainda o controle climático dentro da roupa, e biometria para registrar dados de frequência cardíaca, níveis de estresse, estado mental e emocional.
Dimitri Mikhalchuk, co-fundador do Teslasuit, explica que os dados biométricos são a parte mais importante da vestimenta, sendo capaz de determinar se o usuário está desinteressado, cansado, nervoso, com medo ou estressado. O objetivo é que a novidade atraia os desenvolvedores de games.
"Isso é muito importante para a indústria de jogos. Vemos que, no futuro, quando chegarmos ao mercado de usuários finais, poderemos oferecer uma grande quantidade de dados para que os desenvolvedores possam processar e para que a própria inteligência artificial ajuste o jogo ao jogador. Poderemos executar finais e cenários alternativos porque esse processo realmente forneceria ao computador o conhecimento de como a pessoa se sente em um ambiente específico", explica Mikhalchuk.
Só esperamos que as consequências dos jogos desenvolvidos para o Teslasuit não sejam nocivos como aconteceu na produção distópica da plataforma de streaming.
Fonte: Digital Trends