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Review Apple HomePod Mini | Pequeno notável na potência e no preço

Por| Editado por Luciana Zaramela | 27 de Abril de 2021 às 18h15

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Ivo/Canaltech
Ivo/Canaltech
Tudo sobre Apple

A Siri já ganhou o coração dos usuários, mas a Apple continua sua empreitada para diversificar o uso da assistente em diferentes contextos. Apesar do conjunto de produtos que ela oferece aos seus clientes, a marca busca táticas para enfrentar a constante expansão da Amazon, com o seu portfólio de produtos Echo, e do Google, que também tem ampliado seu leque de opções com sua respectiva assistente.

Em 2018, a Apple lançou seu smart speaker (ou alto-falante inteligente, no bom português): o HomePod. Elogiado por especialistas, o produto garantiu que os usuários Apple pudessem controlar a casa, reproduzir músicas ou obter informações do dia a dia sem precisar solicitar tudo ao iPhone ou ao Apple Watch. E tudo isso com direito a muita qualidade sonora, de modo que o aparelho podia servir até como um sistema de som para os filmes na Apple TV.

Em 2021, a Apple descontinuou o HomePod. O motivo: o preço salgado (de US$ 350 no lançamento, que mais tarde chegou a US$ 300) não convenceu nem mesmo os fãs da marca, que geralmente estão dispostos a investir em mais produtos com a Siri. Simplesmente, muitos usuários optaram por produtos concorrentes ou não se importaram com a ideia, mesmo. Contudo, essa desistência do produto não veio da noite para o dia.

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Em 2020, a Apple lançou o HomePod mini, que faz as mesmas tarefas do irmão maior, mas com dimensões e preços reduzidos. Assim, o novo gadget da marca vem para tentar emplacar de vez a Siri no ambiente doméstico e frear as concorrentes Alexa e Google Assistente. A questão que fica é: será que os fãs da marca vão aceitar pagar mais do que o preço de soluções concorrentes por um pouco mais de qualidade sonora?

Prós

  • Design muito bonito
  • Fácil de usar
  • Alta qualidade sonora
  • Muita inteligência embarcada
  • Possibilidade de parear em sistema estéreo

Contras

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  • Indisponível em português
  • Cabo não removível

Design e construção

É impossível testar um produto Apple e não reconhecer que a empresa sempre tem um toque de criatividade no design de seus aparelhos — bom, não por acaso ela é tão famosa nesse quesito e tem tantos fãs que gostam do seu estilo. Contudo, num mundo em que a Apple chegou um pouco depois das “inimigas”, inovar acaba sendo um fator complicado, já que o formato desses produtos é bem similar.

Fato é que o HomePod mini é muito parecido com o Echo Dot de 4ª geração, mas de ponta-cabeça, o que ao menos mostra que não é um plágio, apenas uma adaptação em 180 graus. Contudo, é claro que a semelhança está praticamente apenas no formato e na base, pois os demais detalhes são totalmente diferentes. E os quesitos visuais que distinguem o dispositivo da Apple vão desde a construção e o material até o acabamento e os botões de interação.

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A começar pelo acabamento, o HomePod mini se distingue por um tecido (que a própria Apple chama de tecido, mas que o tato nos sugere algo mais similar a um silicone) todo composto por losangos, que garante boa sensação ao toque e um acabamento refinado. Esse material recobre toda a lateral e, segundo a Apple, tal componente garante que o som passe sem dificuldades. Resta saber se os pequenos orifícios não acumulam sujeira com o passar do tempo.

No topo, a marca incluiu um painel de formato circular que é sensível ao toque. Esta região apresenta apenas os botões de controle de volume, que são gravados de forma sútil no material, de forma que não há qualquer relevo. A região central não tem botão, mas basta encostar o dedo para que a luz interna brilhe e, ao manter o dedo pressionando, o HomePod mini exibe múltiplas cores (posteriormente vamos falar das funções).

A base de material emborrachado dá estabilidade ao produto e traz apenas o ícone da Apple. Na parte de trás, temos o cabo de energia, que não é removível, ou seja, ele fica embutido dentro do Smart Speaker. Aliás, eis aqui o primeiro “problema” do produto, pois um cabo desse tipo pode romper (seja dentro do dispositivo ou na outra ponta que é acoplada ao adaptador de energia). Não que o cabo seja de baixa qualidade, mas acidentes acontecem e um reparo pode custar bem caro.

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Experiência de uso

Agora, deixando quesitos estéticos de lado, vamos falar do que importa: a funcionalidade. O HomePod mini é muito mais do que um alto-falante, sendo uma peça fundamental na casa inteligente planejada pela Apple. Com este produto, você não precisa se levantar do sofá, nem pegar o iPhone ou tampouco estar com o Apple Watch no pulso para apagar as luzes, destrancar a porta, adicionar lembretes, tocar músicas, ligar a Apple TV e muito mais.

Ainda disponível somente em inglês, espanhol e alguns outros poucos idiomas, o HomePod mini pode ser desafiador para quem não domina um desses idiomas ou não sabe quais comandos a Siri gringa entende com facilidade. O pior é que muitas das funções da Siri ficam limitadas no HomePod mini caso o iPhone esteja em português, uma vez que determinadas funções no Smart Speaker utilizam a inteligência do celular para as respostas.

Assim, tirando a questão do idioma, a experiência de uso é muito satisfatória, já que a Siri entende com facilidade as informações (falaremos depois sobre a questão de recepção de som) e executa comandos com rapidez. No geral, você pode esperar quase as mesmas ações e estilo de execução do iPhone, afinal é a mesma assistente. Contudo, vale frisar que não é assim para qualquer situação no HomePod mini, pois a Siri tem o mínimo de autonomia para tocar músicas e realizar comandos que não exijam consultas adicionais na internet.

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Então, se você solicita à Siri no HomePod mini para tocar uma música, ela vai dizer a mesma frase que você ouve no iPhone “Certo, aqui está uma estação de rádio criada especialmente para você” (mas em inglês, é claro). Importante ressaltar que o HomePod mini consegue distinguir até 6 tonalidades de vozes diferentes, o que significa que você pode ensinar como são as vozes de diferentes integrantes da família, assim a Siri não se confunde. Caso esta opção não seja ativada, qualquer um que falar “Hey Siri” será obedecido.

Já sobre os apps compatíveis, o HomePod mini vem configurado para operar com os softwares proprietários da Apple, como o Apple Music, o iTunes, o iCloud e o Apple Podcasts. Contudo, ele toca rádios de apps como TuneIn e Radio.com. E como ele tem a tecnologia AirPlay, você pode reproduzir o som de qualquer app do seu iPhone, incluindo o Spotify, Deezer e outros concorrentes (inclusive, a Siri vai mudar de faixa nesses apps como ela faz no iPhone).

Outra função que merece destaque é o Intercom, porém este recurso não foi testado, uma vez que ele exige múltiplos HomePods e usuários numa mesma casa. Com o Intercom, você pode solicitar que cada HomePod mini toque uma música diferente em cada cômodo da casa. Além disso, uma pessoa que está na cozinha pode mandar mensagem para outra que está no quarto perguntando se “alguém gostaria de um café”. É possível enviar a mensagem de voz para todos os Smart Speakers ou somente para um em específico.

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Enfim, todas as funções do HomePod mini são promissores para quem tem uma casa toda conectada. É possível ainda adicionar outras funcionalidades de automação no app Casa do iPhone, onde você pode especificar ações para determinadas situações, como exemplo: tocar uma música quando alguém chegar na sua casa. São ideias bacanas, mas que obviamente são restritas para poucos consumidores e residências, já que as casas do futuro ainda não são realidade.

Além disso, a ideia da Apple em centralizar todas as funções com os ícones AirPlay e dar apenas alguns ajustes adicionais no app Casa pode deixar o usuário meio perdido. Talvez, um app dedicado ou uma área específica para controlar só o HomePod mini não seria de todo ruim, já que poderia dar uma noção melhor de atualizações de firmware, qual rede Wi-Fi está conectada no aparelho e outros dados relevantes.

Qualidade de som

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Como o próprio nome diz, um Smart Speaker deve unir inteligência à capacidade de reprodução sonora. Assim, tão importante quanto às funcionalidades, é a qualidade de áudio do produto. Por se tratar de um equipamento da Apple, a gente já espera um capricho extra, afinal, diferente do que muitos imaginam, o valor extra da marca não se deve apenas ao ícone da maçã.

A Apple revela que o alto-falante do HomePod mini é um componente próprio (ou seja, desenvolvido pela marca) e se destaca pela característica tipo full-range, ou seja, de espectro completo, sendo capaz de reproduzir sons de baixa, média e alta frequência sem distorções. Com ímã de neodímio, ele promete profundidade nos sons graves e agudos bem limpos (sem que o som fique estridente).

O encapsulamento onde o alto-falante é instalado tem uma acústica projetada para direcionar o som para a parte inferior do aparelho, criando um campo de 360 graus que emite o som para todos os lados, o que garante boa recepção do áudio independente de onde você estiver no ambiente. A equalização acontece de forma constante e em tempo real, graças ao chip Apple S5, que usa algoritmos para afinar a melhor curva para cada música.

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O ponto é que o HomePod mini realmente tem um som de qualidade e uma potência que até impressiona dado o tamanho do produto. A equalização é muito refinada, para extrair o máximo de capacidade do alto-falante, de modo que é possível obter um som mais “encorpado”, em que é possível distinguir melhor os tons agudos, médios e graves, bem diferente do que a gente tem em produtos de entrada, como os modelos Echo Dot da Amazon.

Entretanto, é importante não confundir qualidade e equalização com potência. Por se tratar de um produto compacto, obviamente o HomePod mini não consegue fazer milagre na hora de reproduzir graves profundos. Simplesmente, não há espaço disponível para acomodar um alto-falante maior, de modo que você não pode esperar o mesmo “peso” em músicas eletrônicas (ou em filmes, caso você use o HomePod mini como alto-falante externo para sua Apple TV), do que existe aparelhos de maior porte.

Ainda assim, não é de se descartar o resultado geral do som produzido pelo alto-falante da Apple. Em filmes, o HomePod mini deve superar facilmente o som de várias TVs, porém, nos testes que eu realizei, o som de um par de Smart Speakers da Apple não conseguiu superar o áudio da LG OLED 55CX (quase covardia a comparação, já que é uma TV grande com 40 watts de potência sonora, num sistema 2.2). Contudo, fica o relato para você ter ideia de que nem sempre esse alto-falante inteligente vai ser uma alternativa mais interessante.

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Contudo, ao parear dois HomePod mini, o sistema da Apple ganha força e consegue preencher melhor o ambiente, uma vez que dois alto-falantes podem ser utilizados numa configuração estéreo e dobram a potência, o que representa bons ganhos de som e uma experiência sonora mais completa. É claro que o dobro de som significa o dobro de custo, porém é uma ideia para quem é fã da marca e quer experimentar um som ainda melhor.

Como de praxe, a Apple não revela especificações técnicas como a potência do alto-falante, mas o componente é poderoso, e mesmo estando a cerca de 2 metros de distância, o volume alcança cerca de 80 decibéis. É um som capaz de preencher um ambiente pequeno, como uma sala de TV ou um quarto, mesmo com pé-direito alto (3 metros), e proporções aproximadas a 4 m x 3 m.

Por fim, mas não menos importante, é necessário falar sobre a recepção de som. Independente de onde você está na sala ou do quão alto está o volume (sim, eu testei com o volume máximo), o HomePod mini consegue captar o comando (Hey Siri) e, na sequência, a assistente virtual diminui o volume do som para você dar algum comando. Isso é possível graças aos quatro microfones com cancelamento de ruído ativo, que consegue evitar que a música atrapalhe sua fala.

Conectividade

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Voltando a falar em cabos (e também na ausência deles), temos a questão da conectividade, então vamos do começo: pareamento. Como quase todo dispositivo moderno, o HomePod mini não exige conexão com cabo para a primeira configuração. Aliás, eis aqui um trunfo importantíssimo deste aparelho. Como tudo que a Apple tem feito para integrar seu ecossistema de produto, o HomePod mini não necessita de qualquer comando do usuário.

Basicamente, após retirar o produto da embalagem e plugar na tomada, ele começa o processo de pareamento e, assim que você aproximar o iPhone, uma mensagem já aparece no smartphone com o nome do produto e o botão configurar. Todo o processo de ajuste se dá pelo iPhone, sendo preciso configurar o ambiente em que você vai usar o HomePod mini. Definir o idioma e transferir os ajustes da sua conta.

Com esse esquema, o usuário não precisa sequer escolher uma rede Wi-Fi ou digitar senha, de modo que o processo todo não deve levar nem 2 minutos. Falando em redes sem fio, segundo informação da Apple, o HomePod mini é compatível com o protocolo 802.11n, o que significa que você pode até conectar em roteadores do tipo 802.11ac, mas a velocidade deve ficar limitada no Smart Speaker. Não é um problema, mas vale o aviso.

Conforme comentamos, o HomePod mini usa um cabo embutido. A conexão é do tipo USB-C e, diferente do que acontece nos iPhones, neste aparelho a Apple envia o adaptador de tomada. No entanto, o carregador não vem no padrão brasileiro (já que este Smart Speaker não é vendido oficialmente aqui), então é preciso ter atenção a este detalhe se você quer comprar o este produto. Em nossos testes, conseguimos usar um adaptador de tomada da Samsung sem problemas, mas não é garantida a compatibilidade com qualquer modelo.

Outras tecnologias do HomePod mini que merecem destaque são o Bluetooth 5.0 e o protocolo de comunicação Thread (que promete ser uma tecnologia promissora para os próximos anos). Além disso, o sistema de aproximação vem a calhar, uma vez que basta aproximar o iPhone do Smart Speaker para que a música que está tocando no iPhone seja enviada para o HomePod mini ou para a situação inversa. Este teste foi realizado com o iPhone SE 2020 e funcionou perfeitamente.

Obviamente, mesmo tendo tecnologia Bluetooth e outros recursos populares, isso não significa que o HomePod mini pode ser utilizado com qualquer dispositivo Bluetooth. Na verdade, esse é um aspecto bem restritivo do produto, já que ele só funciona com iPhone, iPad, Apple TV, Apple Watch e Mac. Então, vamos deixar bem claro: o HomePod mini não funciona com Android e outros aparelhos que usem a tecnologia Bluetooth.

Para alguns usuários que gostariam de experimentar o som do Smart Speaker da Apple, tal limitação poderia ser um “problema”, mas não podemos classificar dessa forma. Aliás, é inegável que as restrições da Apple acabam sendo uma vantagem em muitos casos e, considerando que a fabricante revela publicamente essa característica do aparelho, devemos apenas aceitar que se trata de uma especificação do produto.

A verdade é que a Apple quer fazer um ecossistema exclusivo e, como sempre, ela busca entregar a melhor experiência para seus usuários, o que geralmente implica nessas restrições. No entanto, é sensacional controlar a HomePod mini diretamente no Apple Watch, alterar a saída de som da Apple TV para um par de HomePods, usar o microfone do controle da Apple TV para solicitar que a música seja pausada ou mesmo reproduzir músicas do Mac no HomePod mini. E o melhor é fazer tudo isso sem precisar parear 5 dispositivos diferentes.

Talvez, o único detalhe que vale menção aqui como uma limitação na integração é no Mac, que não consegue detectar as músicas que estão tocando no HomePod mini, mesmo com o app Minha Casa aberto no computador. Importante ressaltar que os testes foram feitos num MacBook Air com processador Intel, então quem sabe nas novas versões do Mac, a integração com o HomePod mini possa funcionar de forma diferente.

E falando em integração, já para responder uma dúvida frequente, vale ressaltar que nem todo produto compatível com Apple HomeKit 2 é um transmissor de áudio. Se você tem uma TV com tal tecnologia, por exemplo, isso não significa que você conseguirá parear o HomePod mini como uma saída de som, já que os televisores são receptores de conteúdo, ou seja, são projetados para receber vídeos e músicas do iPhone, por exemplo.

Ficha técnica

  • Alto-falante: Modelo do tipo full range com 2 dissipadores passivos (para graves)
  • Acústica: Personalizada para criar som que se propaga em 360 graus
  • Acabamento: Tecido “transparente”
  • Funcionalidade: comandos de voz ou toques no painel responsivo (somente controle de volume, atalhos multimídia e ativação da Siri)
  • Conectividade: Wi-FI 802.11n, Bluetooth 5.0, Thread, Direct guess access, Ultra Wideband chip (para usar sistema de proximidade com iPhones compatíveis)
  • Compatibilidade: iPhone 6S ou posterior, iPhone SE (1ª e 2ª geração) iPod touch (7ª geração), iPad (5ª geração ou posterior), iPad Air 2 (ou mais recente), iPad mini 4 (ou mais novo), iPad Pro
  • Cores: Branca ou Cinza Espacial
  • Conexão: Cabo USB do Tipo C
  • Adaptador de tomada: Incluso, adaptador de 20 watts (padrão americano)
  • Dimensões (A x L): 8,43 x 9,79 cm
  • Peso: 345 gramas

Concorrentes diretos

Agora que já esclarecemos todos os detalhes do Apple HomePod mini, vale a pena contextualizar como ele se compara aos principais concorrentes, que são os produtos da Amazon e da Google. Contudo, como o produto com a Siri não está disponível no Brasil, vamos fazer as devidas comparações com o valor em dólar.

Primeiro, temos o Echo Dot de 4ª geração, que chegou oficialmente no ano passado por US$ 49. Apesar de ter quase o mesmo tamanho, você não deve esperar a mesma qualidade de som no Smart Speaker da Amazon. E é claro que ele não vai se integrar tão bem com outros produtos Apple, mas o ponto é: funções similares pela metade do valor. Se você quer economizar, essa uma boa opção.

Depois, temos a nova Echo, que é a versão maior e mais poderosa em som. Esse produto foi lançado no ano passado por US$ 99. Com o tamanho maior, mesmo não tendo o mesmo refinamento que a Apple promete, fica difícil para o HomePod mini competir em potência. Assim, aqui temos mais som e ainda funções inteligentes pelo mesmo valor, mas ainda com algumas integrações no sistema Apple limitadas. Se você quer potência sonora, esta pode ser uma boa escolha.

Já para o time que gosta dos produtos Google, mas ainda prefere usar o iPhone, é possível optar pelo Google Nest Mini, que custa US$ 49 e obviamente tem um som mais simples. A vantagem é que o Nest Mini funciona sem problemas no iOS, basta baixar o app Google Home. Uma boa escolha se você usa muito os serviços Google ou tem um Chromecast e, de quebra, quer economizar para ter um Smart Speaker. Na hora de economizar, fica a escolha entre o Nest Mini e o Echo Dot.

Por fim, temos o Nest Audio, que é a versão maior do Smart Speaker da Google e custa US$ 99 — logo, o mesmo preço do produto da Apple. Assim como no caso da Echo, o tamanho avantajado permite colocar alto-falantes mais potentes, logo fica difícil para o produto com a Siri concorrer em termos de som. E, novamente, se você não faz tanta questão da máxima integração no seu ecossistema de produtos Apple, fica a questão de decidir entre o Nest Audio e o Echo.

O HomePod mini impressiona pela potência em um tamanho compacto, sendo o mais integrado com os produtos Apple, mas pelo mesmo preço há opções mais potentes.

Conclusão

No fim do dia, o HomePod mini é um ótimo produto, que oferece muitas facilidades da assistente Siri, integra todo o sistema da Apple, executa as tarefas com rapidez, entrega uma ótima experiência de uso e pode fazer um som bem legal num tamanho compacto. A possibilidade de criar um sistema estéreo também é um ponto muito interessante.

Todavia, mesmo com várias vantagens, a Apple continua jogando seu jogo, sem se importar com as táticas das concorrentes. A companhia notavelmente prefere manter seu preço premium e chamar a atenção de seus consumidores pela qualidade acima de tudo, o que de fato é inegável que existe neste produto.

O ponto final então é que, em termos de qualidade sonora, o HomePod mini fica no meio termo entre os produtos de entrada (Google Nest Mini e Amazon Echo Dot) e os dispositivos de proporções avantajadas (Google Nest Audio e Amazon Echo), mas em questão de preço ele empata com os modelos mais robustos.

Dessa forma, o HomePod mini acaba sendo a opção sensata apenas para quem preza por ter a melhor experiência dentro do ecossistema Apple e se contenta com uma potência mediana (apesar de uma qualidade realmente incrível).
Do contrário, para quem preza pelo fator “custo-benefício”, as opções concorrentes claramente saem na frente, por não prenderem o usuário numa única plataforma e ainda entregarem mais som no mesmo preço.

E repetindo: este produto é feito para trabalhar com o iPhone (sendo que a primeira configuração só é possível no iOS), então nem perca seu tempo buscando soluções para conectar no Android. Após configurar o HomePod mini, você até pode usar alguns apps para transmitir via AirPlay do Android, mas não é tão fácil e nem garantido.

Por fim, é bom ressaltar que o HomePod mini não está disponível no Brasil e a Apple não anunciou planos de trazer o produto para cá. Com isso, a aquisição deste modelo só é possível por importação e, neste caso, você deve estar ciente que o produto só funciona com a Siri em inglês, espanhol e outros poucos idiomas. E, claro, se um dia a Apple lançar este dispositivo aqui, pode esperar um valor próximo de mil reais na cotação que própria da marca.