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Como será o futuro dos assistentes pessoais virtuais

Por| 27 de Outubro de 2020 às 10h00

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Divulgação/Amazon
Divulgação/Amazon

Para quem não acompanha de perto o mercado de tecnologia, os assistentes pessoais virtuais podem parecer um conceito novo, o mais recente “brinquedinho” daquele seu amigo geek, ou até mesmo um termo desconhecido. Se você não está muito familiarizado, estamos falando de equipamentos que lembram caixas de som, mas que, graças a tecnologias como inteligência artificial e internet das coisas, são muito mais que meros alto-falantes inteligentes. Eles possuem a capacidade de responder a nossas perguntas e tomar várias ações, como chamar o Uber ou até mesmo fazer compras pela internet, apenas com o uso da voz.

O conceito começou a ganhar popularidade nos smartphones, com aplicativos como a Siri do iPhone e o Google Assistente, softwares que permitem usar a voz para comandar vários recursos do aparelho. Do telefone, essa tecnologia migrou para as caixas de som inteligentes, que se transformaram em objeto de desejo de muita gente (inclusive de quem não é apaixonado pela tecnologia) por conta da sua interface simples e intuitiva — é só falar!. No ano passado, foram comercializadas quase 150 milhões de unidades desses smart speakers, crescimento de 70% em relação ao ano anterior, segundo dados da Strategy Analytics, com a Amazon liderando o setor, seguida de perto pelo Google. E para 2020, mesmo com a pandemia da COVID-19, a consultoria de mercado espera um novo recorde de vendas.

O primeiro desses produtos foi lançado pela Amazon em 2014, chamado Amazon Echo. Esse tipo de dispositivo fica continuamente monitorando os sons da sua casa, e quando ouve uma palavra-chave (que muda de acordo com cada fabricante), efetua o comando que lhe está sendo pedido. Do ponto de vista mais técnico, temos um conjunto de microfones e um alto-falante controlados por um processador que envia e recebe informações da nuvem via Wi-Fi, e é na nuvem em que todo esse tratamento de dados é processado.

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O que vimos a partir desse primeiro modelo foi uma série de outros lançamentos no mercado por diferentes marcas, e sua evolução foi visível. Depois dos primeiros produtos, que eram basicamente caixas conectadas, vimos o surgimento de uma nova geração, com a adição de telas. Nesses dispositivos, os usuários, que já podiam interagir com o uso de voz, ganharam também a possibilidade de dar comandos via toque na tela e obviamente receber suas informações também visualmente, em adição às informações sonoras.

Recentemente presenciamos o lançamento do que considero a terceira geração desses produtos, onde temos câmeras, que com essa adição possibilitam aos assistentes virtuais ter uma série de novas aplicações, como o uso para videochamadas em grupo, recurso muito útil para o momento atual, para aulas e reuniões virtuais de empresas. E a quarta geração desses aparelhos (também já chegando ao mercado) ganhou a possibilidade de se movimentar (ainda sem grande desenvoltura, é fato) dentro de sua casa. Assim os assistentes ganham a possibilidade de vigiarem o ambiente quando você está fora, podem monitorar uma criança ou mesmo uma pessoa idosa remotamente, por exemplo.

Ao longo de todo esse caminho, de maneira invisível para o consumidor, os processadores dos assistentes também evoluíram bastante, para permitir que esses novos recursos fossem incorporados pelos grandes fabricantes. Com essa potência adicional, hoje os assistentes, além de ganharem mais funções e formas como já vimos, também melhoraram sua interatividade, com a facilidade de os usuários poderem falar cada vez mais de maneira mais natural e com respostas mais rápidas, com a ajuda de algoritmos de inteligência artificial, tanto implementados na nuvem como pouco a pouco adicionados ao processador, para trazer respostas ainda mais rápidas — no chamado “processamento na borda”.

E o futuro desses equipamentos? Acredito que, por conta da constante evolução dos processadores, das câmeras e telas, e melhorias no tratamento de dados, tanto locais como na nuvem, teremos um número cada vez maior de aplicações e formas distintas irão surgir para comportar essas novas aplicações. O próximo passo desses assistentes é ficarem mais parecidos com os robôs ou até com os drones (ou seja, maior capacidade de locomoção) e, com isso, tanto poderem se mover dentro da sua casa como também ganhar outros territórios, como o de escritórios e industrias, para monitoramento de atividades e padrões. Mas uma coisa é certa: eles chegaram para ficar, barateando e facilitando o acesso à inteligência artificial e à internet das coisas.