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Sistema em carros autônomos promete prever o movimento de pedestres

Por| 19 de Fevereiro de 2019 às 16h53

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Silicon Beat
Silicon Beat

Pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, estão desenvolvendo um sistema que ensina carros autônomos a "prever" o movimento de pedestres. Nesta relação, quem anda a pé leva a pior: além de serem mais vulneráveis, as pessoas se distraem facilmente.

No estudo patrocinado pela Ford e publicado na revista IEEE Robotics and Automation, engenheiros da universidade americana colocaram carros autônomos para "estudar" pedestres que caminhavam por intersecções urbanas complexas.

Os pesquisadores criaram um sistema equipado com câmeras, sensores e um GPS e o colocaram dentro de um veículo autônomo. Os carros passaram a observar pedestres que andavam perto de uma esquina movimentada e registraram os dados.

"O trabalho anterior nessa área analisava apenas imagens estáticas sem se preocupar com o movimento das pessoas", disse o professor assistente de engenharia mecânica da Universidade de Michigan, Ram Vasudevan. “Mas se esses veículos vão operar e interagir no mundo real, precisamos ter certeza que onde o pedestre está indo não coincide com o local para onde o veículo está indo".

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O sistema consegue analisar o passo das pessoas, a simetria do corpo e a colocação do pé, mas leva em consideração muitos outros fatores para prever o próximo passo, e também o seguinte:

"Se um pedestre está usando o celular, você sabe que ele está distraído", disse Vasudevan. “A pose deles e onde eles estão olhando está dizendo muito sobre o nível de atenção deles. Também está dizendo muito sobre o que eles são capazes de fazer em seguida".

Nenhum sistema será 100% perfeito, mas, de acordo com os pesquisadores de Michigan, o sistema de redes neurais em desenvolvimento já supera outras tecnologias existentes.

“A média de erro da nossa tradução foi de aproximadamente 10 cm após um segundo e menos de 80 cm depois de seis segundos. Todos os outros métodos foram de até 7 metros de distância", afirmou o professor associado do Departamento de Arquitetura Naval e Engenharia Marinha da Universidade de Michigan, Matthew Johnson-Roberson. "Somos melhores em descobrir onde uma pessoa vai estar".

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Perigo

Em abril do ano passado, um veículo autônomo da Uber atropelou e matou uma pedestre em Tempe, cidade do Arizona, nos Estados Unidos. O carro fazia parte de um programa de testes para lançar um serviço de transporte sem motorista.

Na época, câmeras do carro registraram o momento do acidente: foi possível ver a pedestre Elaine Herzberg, de 49 anos, cruzar a estrada conduzindo uma bicicleta. Ela surge de uma região com sombra poucos segundos antes de ser atingida. O carro, no entanto, não parece reduzir a velocidade até o momento da colisão.

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Naquele mês, a Uber suspendeu os testes com veículos autônomos. Além de Tempe, a empresa tinha programa similar em São Francisco (Califórnia) e Pittsburgh (Filadélfia). Os carros autônomos da Tesla e do Google já haviam se envolvido em acidentes, mas nenhum com registro de morte.

Fonte: Digital Trends