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Órgão de trânsito quer permitir uso de carros autônomos por pessoas alcoolizadas

Por| 05 de Outubro de 2017 às 09h10

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Órgão de trânsito quer permitir uso de carros autônomos por pessoas alcoolizadas
Órgão de trânsito quer permitir uso de carros autônomos por pessoas alcoolizadas

Uma das principais causas de morte no trânsito pode ser resolvida com a ajuda dos carros autônomos. Ou não. A Comissão Nacional de Transportes da Austrália, um órgão independente, mas com ligações ao Governo do país, sugeriu que pessoas alcoolizadas ou sob a influência de drogas possam utilizar veículos autônomos sozinhas, sem que haja um motorista acompanhando.

Para o órgão, não existe diferença entre a entrada de um indivíduo nestas condições em um carro que se dirige sozinho ou um táxi pilotado por alguém. Em ambos os casos, ele não é capaz de dirigir caso exista a necessidade disso, indicando apenas o caminho a seguir e sendo levado para lá. Para a NTC, na sigla em inglês, trata-se de uma medida de atualização.

Não apenas seria uma solução para os números de mortes ao volante – na Austrália, cerca de 1.300 pessoas morrem todos os anos ao dirigirem sob a influência de álcool ou drogas –, mas também o fim de um incômodo para quem trabalha ao volante. O órgão cita pesquisas informais que indicam que uma das maiores reclamações dos motoristas de aplicativos está, justamente, ligada à presença de passageiros bêbados nos carros, seja por chamadas e indicações de endereço malfeitas ou danos causados por pessoas que passam mal.

Para lidar com isso, a organização sugere um conjunto de regras que abranjam também os veículos semiautônomos, ou seja, aqueles que ainda precisam de algum tipo de participação humana em seu funcionamento. Neste caso, a ideia é que essa categoria de carro não seja utilizada em serviços de aplicativos, com apenas os carros que efetivamente seguem sozinhos servindo aos usuários.

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Além disso, a NTC deseja reduzir as responsabilidades de empresas e usuários em casos de acidentes com veículos autônomos. A ideia do órgão é que culpar as companhas para casos de mal funcionamento não seria adequado, principalmente no que toca o fomento da tecnologia, uma vez que impedimentos legais e o temor de processos e pagamentos de indenização poderiam frear a adoção dessa inovação.

A ideia, então, seria transferir essa responsabilidade para os fabricantes de veículos e desenvolvedores dos softwares de pilotagem. Dessa forma, eles seriam incentivados a criarem soluções melhores e mais seguras, tanto para o sistema de localização e funcionamento em si, mas também para maior segurança dos passageiros, principalmente aqueles que não têm condições de assumir o volante em caso de eventualidade.

A meta do NTC é apresentar uma versão revisada da legislação de trânsito da Austrália no primeiro semestre do ano que vem. Em 2016, o país já permitiu a realização de testes em seu território e a expectativa é que os primeiros veículos autônomos comerciais comecem a operar nas ruas do país em meados de 2020.

Fonte: The Guardian