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Mitsubishi vai usar tecnologia bélica para criar carros autônomos

Por| 01 de Abril de 2016 às 14h01

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Mitsubishi vai usar tecnologia bélica para criar carros autônomos
Mitsubishi vai usar tecnologia bélica para criar carros autônomos

Se a ideia da Mitsubishi der certo, teremos mais uma tecnologia nesse mundo fincando suas raízes no material bélico. A fabricante japonesa anunciou que sua entrada no mundo dos carros autônomos se dará por meio de um processo de engenharia reversa em sistemas de mira para mísseis, que devem garantir maior precisão na detecção de obstáculos, evitando batidas e acidentes.

Pode até parecer uma piada de primeiro de abril, mas não é. A Mitsubishi, realmente, fabrica esse tipo de tecnologia para o governo do Japão. Os sistemas de guia são utilizados em mísseis ar-ar da força área japonesa, aqueles que estão presentes em aeronaves e são disparados contra outros aviões ou objetos voadores.

Aqui, a ideia é adaptar a utilização de sensores, sonares, câmeras e radares – alguns com precisão milimétrica – para uso nos veículos que, pela previsão da Mitsubishi, podem estar rodando já em 2020. Estão em desenvolvimento, também, sistemas automatizados de freio e outros instrumentos do painel e parte elétrica dos carros.

Mais do que permitir o avanço no mercado de carros autônomos, mas novidades da companhia japonesa também devem aparecer nos veículos convencionais. Além disso, o uso de tecnologias bélicas próprias é a forma que a Mitsubishi encontrou de alcançar a concorrência, uma vez que empresas rivais, como a Hitachi, a Continental AG e a Denso Corp. já apresentaram aos parceiros protótipos de veículos que se dirigem sozinhos, enquanto a empresa ainda dá seus primeiros passos nesse segmento.

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O objetivo, então, é “remontar componentes que [a companhia] já possui”, nas palavras de Katsumi Dachi, diretor de engenharia da Mitsubishi. A alternativa também garante uma redução de custos no desenvolvimento e fabricação dos veículos, além de um melhor aproveitamento das patentes que a companhia já possui.

Fonte: Bloomberg