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Hacker responsável pelo jailbreak do iPhone está criando veículo autônomo

Por| 17 de Dezembro de 2015 às 11h27

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Hacker responsável pelo jailbreak do iPhone está criando veículo autônomo
Hacker responsável pelo jailbreak do iPhone está criando veículo autônomo

George Hotz, o Geohot, tem um novo projeto – e não, o plano não é quebrar a proteção de outro eletrônico. O hacker responsável pelos primeiros jailbreaks para o iPhone e também pelo desbloqueio do PlayStation 3 vem trabalhando, sozinho, na criação de um veículo autônomo, algo que ele considera um projeto pessoal seu, iniciado em outubro deste ano.

A ideia é utilizar um sistema de inteligência artificial e deep learning com uma plataforma baseada em Linux para que o veículo “aprenda” a dirigir em vez de confiar em rotas e comportamentos pré-programados. Para ensinar seu robô, Hotz pretende trabalhar por alguns meses como motorista do Uber, e é dessa experiência que sua inovação deve entender como funciona o trânsito. Para o especialista, a ideia é garantir que a tecnologia funcione também de forma imperfeita e saiba lidar com os erros dos motoristas a partir de uma vivência de mundo real.

Essa abordagem diferente, para o hacker, será suficiente para que seu sistema se sobressaia em relação às tecnologias que são utilizadas atualmente, como a Mobileye, a base para boa parte dos sistemas de veículos autônomos da atualidade. Pode parecer um ideal ambicioso para um único indivíduo, mas é um objetivo que já chamou a atenção de Elon Musk, CEO da Tesla Motors e um dos grandes nomes quando o assunto são os carros que se dirigem sozinhos.

Hotz diz ter recebido uma oferta de longos prazos de desenvolvimento, apoio e, principalmente, bônus milionários assim que a plataforma, chamada de comma.ai, derrubasse a Mobileye. O jovem recusou, afirmando que Musk tem um histórico de mudar os termos dos acordos a seu bel prazer e preferiu continuar trabalhando sozinho. Sua experiência com grandes empresas e trabalhos da área de tecnologia que ele citou como “intelectualmente desafiadores” também foi parte na decisão.

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Apesar de sua ambição, o funcionamento comercial do comma.ia deve ser mais simples. Hotz deixa claro que sua ideia está apenas nos estágios iniciais e ainda precisa de muitos ajustes principalmente em termos de design – o interior de seu carro é uma bagunça, com fios e peças expostas, e componentes por todos os lados. No final, entretanto, o objetivo é vender os kits de direção autônoma diretamente para empresas de transporte e motoristas por valores de cerca de US$ 1 mil cada. A data em que isso vai acontecer, entretanto, ainda pode estar um pouco distante.

Fonte: Bloomberg