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Carros que dirigem sozinhos se envolvem em acidentes de trânsito nos EUA

Por| 12 de Maio de 2015 às 11h46

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A ideia de viajar em carros que dispensam motoristas humanos ainda coloca dúvida em muita gente. Afinal, estar em veículos desse tipo é seguro? Existe algum risco à nossa segurança? Obviamente, pelo fato de ser controlado por computador, o automóvel pode sim apresentar falhas mecânicas como qualquer outro carro comum e é isso o que o Google está testando com seus veículos nos Estados Unidos.

Desde setembro do ano passado, três veículos da gigante das buscas se envolveram em algum tipo de acidente nas ruas da Califórnia, onde estão sendo testados desde que o estado norte-americano permitiu experimentos com esse tipo de automóvel. De acordo com uma fonte familiarizada com o assunto, os três carros do Google envolvidos na situação trafegavam em velocidades inferiores a 16 quilômetros por hora.

Além do Googlee, a Delphi, que também está testando carros autônomos, se envolveu em pelo menos um acidente, em outubro. Segundo uma porta-voz da companhia, o veículo, um Audi SQ5 2014, não estava no modo de autocondução e foi "moderadamente danificado" ao ser atingido por outro carro ao esperar fazer uma curva para à esquerda.

Das quatro ocorrências, duas aconteceram quando o próprio carro estava no controle e as outras duas quando um motorista humano conduzia a máquina. Todos os incidentes foram relatados à Secretaria de Estado de Veículos Automotores da Califórnia, que preferiu não comentar sobre de quem foi a culpa nos acidentes. Atualmente, cinco outras empresas têm licença para realizar testes em vias públicas com veículos que dispensam motorista, totalizando 48 modelos diferentes de carros.

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A grande polêmica dessa história é que os casos sobre os acidentes com esses automóveis só apareceram agora, uma vez que, desde que os primeiros modelos foram anunciados, todas as empresas venderam a ideia de que, além da praticidade, o automóvel precisa oferecer, acima de tudo, segurança aos passageiros. Para tal, as entidades equipam esses veículos com inúmeros sensores, radares e câmeras para dar uma compreensão mais detalhada do seu entorno e saber como agir em situações de risco.

"O objetivo final das companhias é um carro sem volante ou pedais. Isso significa que uma pessoa não teria poder para intervir se o carro perder o controle, tornando ainda mais importante que os detalhes de qualquer acidente se tornem públicos para que as pessoas saibam o que está acontecendo", comentou John Simpson, crítico de longa data do Google.

Em nota oficial, o Google disse que, desde setembro de 2014, durante os testes com carros autônomos em sua sede, em Mountain View, foram poucas as ocorrências ou acidentes, apenas "danos leves, sem lesões e causados por falta de atenção e erros humanos". Desde que começou a testar esse tipo de veículo, a empresa totalizou 11 acidentes.

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Protótipo de carro do Google que dispensa motorista humano. (Foto: Divulgação/Google)

Mesmo com acidentes, o Google disse em dezembro que o automóvel, embora ainda esteja em fase de protótipo, estava pronto para ser colocado nas ruas. Na época, a empresa destacou que todas as infrações envolvendo o veículo foram causadas por batidas de outros motoristas ou de funcionários da companhia que tomaram o controle do carro autônomo, que está em desenvolvimento desde 2009.

Essa é uma das questões mais levantadas nos últimos seis anos em relação ao projeto. Segundo Chris Urmson, diretor da divisão de carros autônomos do Google, a sociedade precisará aceitar, eventualmente, que veículos que se conduzem sozinhos são o futuro da indústria automobilística e que mesmo com as possibilidades de falhar (assim como qualquer outro computador), apresentam um nível maior de segurança aos pedestres, outros motoristas e aos próprios passageiros do que um automóvel que depende da ação humana para sair do lugar.

Mesmo autônomo, o veículo possui os principais componentes de um carro comum, incluindo um volante e pedais de freio e acelerador. O carro também possui dois sistemas distintos de travagem e de direção, o que significa que, se um dos mecanismos apresentar mau funcionamento, o outro entra em ação. Além disso, o automóvel é montado usando componentes menos pesados - a parte dianteira, por exemplo, é construída com espuma e seu para-brisa é feito a partir de um material flexível. De acordo com o Google, isso reduz o dano que o carro pode causar caso atropele ciclistas, pedestres ou qualquer objeto na pista por acidente.

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A expectativa é que os primeiros modelos comerciais do automóvel cheguem ao mercado até 2020.

Fonte: The Associated Press