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Agência conclui que carro autônomo da Uber não reconheceu pedestre como humana

Por| 24 de Maio de 2018 às 13h59

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The Guardian
The Guardian
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O Comitê Nacional de Segurança do Transporte (National Transport Safety Board ou NTSB) dos Estados Unidos concluiu suas investigações e determinou que o acidente envolvendo um carro autônomo da Uber no mês de março, que resultou na morte de uma pedestre, foi causado por falhas no sistema de reconhecimento do veículo. Tudo indica que o automóvel “entendeu” a vítima 6 segundos antes do impacto, mas a classificou “como um objeto desconhecido, como um veículo e então como uma bicicleta”, mas não como um humano.

Em seguida, 1,3 segundo antes do impacto, a tecnologia de navegação autônomo chegou a concluir que seria necessário frear — porém, tal recurso estava momentaneamente desativado, pois, de acordo com a própria Uber, seu funcionamento errático poderia causar problemas em caso de falsos positivos, forçando o carro a frear por outros objetos realmente inofensivos. A companhia não comentou sobre as descobertas de forma pública, mas através de um representante próprio dentro da NTSB.

Embora a conclusão da agência seja preocupante, ela ainda assim é menos grave do que outras teorias que foram levantadas em investigações preliminares — muitos acreditavam, por exemplo, que o carro havia identificado a pedestre e decidiu por conta própria que não seria necessário frear, visto que uma freada brusca colocaria em risco a vida do motorista. Tal suposição causou discussões a respeito do “Dilema do Bonde”: um veículo inteligente seria capaz de tirar a vida de terceiros sob o pretexto de proteger seus ocupantes?

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Antecipando-se à divulgação do estudo, a Uber anunciou, na quarta-feira (23), o fim temporário de testes com veículos autônomos no estado de Arizona, demitindo um total de 300 funcionários que trabalhavam na região. A companhia ainda manterá alguns experimentos em Pittsburgh e na Califórnia, mas em escala bem menor, com menos veículos e em ambientes controlados (circuitos).

Fonte: Reuters