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Conexão entre carros pode ser obrigatória no futuro

Por| 04 de Fevereiro de 2014 às 14h10

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Divulgação
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Por mais que sensores de estacionamento e todo tipo de avisos eletrônicos já sejam senso comum nos carros mais modernos, a tecnologia ainda não avançou a ponto de termos um trânsito completamente conectado. Pois é justamente isso que o departamento de trânsito dos Estados Unidos quer incentivar, com a proposta de regulação que obriga a conectividade entre todos os veículos fabricados no país.

A ideia, claro, ainda está longe de virar lei, mas prevê que todas as fabricantes contem com dispositivos que transmitam e recebam informações entre si. Dessa forma, por exemplo, uma freada brusca realizada por um veículo muitos metros à frente poderia ser informada a todos que estão vindo na sequência, com o motorista sendo instruído a reduzir a velocidade e tomar cuidado.

Além disso, a ideia seria proporcionar um trânsito mais organizado. Faixas bloqueadas ou onde acaba de ocorrer um acidente, por exemplo, seriam sinalizadas à distância, evitando congestionamentos e a confusão típica que acontece quando muitos veículos precisam realizar um desvio que não estava planejado.

Os testes já estão sendo realizados há cerca de um ano com o que o departamento de trânsito chama de comunicação V2V, sigla para vehicle-to-vehicle. Os primeiros resultados devem ser publicados ainda neste primeiro semestre e as conclusões também serão levadas à pesquisa popular para, mais tarde, serem transformadas em leis.

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Do projeto, participaram cerca de três mil carros de diferentes marcas, modelos e anos. A ideia era, justamente, verificar se o mesmo sistema poderia ser aplicado em todos os veículos e se eles conseguiriam se comunicar entre si sem maiores problemas. O departamento de trânsito ainda não falou em resultados, mas afirmou que esse já é o primeiro passo em busca de uma regulação nesse segmento.

Motoristas ainda no controle

A ideia, segundo o departamento, é que a segurança no trânsito dependa menos dos reflexos dos motoristas, que estão cada vez mais distraídos e preocupados com outras coisas que não necessariamente a estrada. Como o sistema é capaz de enviar informações dezenas de vezes por segundo, o condutor pode ser avisado de problemas enquanto ainda está a muitos metros de distância, um intervalo mais do que suficiente para uma reação segura ao incidente.

Além disso, o governo americano informa que não se trata de tirar a direção das mãos dos motoristas, já que o sistema proposto não é capaz de tomar atitudes por si só. Porém, a expectativa é que, com o sucesso da empreitada, esses mecanismos de “active safety”, como estão sendo chamados pelas montadoras, também acabem sendo implementados nos sistemas de comunicação já existentes.

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Como lembra o site CIO, uma proposta desse tipo foi exibida pela Ford durante a última edição da CES. No evento, a empresa mostrou uma situação onde um carro era surpreendido por outro vindo em alta velocidade em um cruzamento. Além de avisos sonoros, luminosos e vibrações no assento para alertar o motorista, o carro foi capaz de interromper seu funcionamento de forma a evitar o acidente.