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Por que as empresas tradicionais não são mais tão atraentes para se trabalhar?

Por| 30 de Outubro de 2017 às 16h59

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Por que as empresas tradicionais não são mais tão atraentes para se trabalhar?
Por que as empresas tradicionais não são mais tão atraentes para se trabalhar?

Por gerações as empresas foram vistas como organizações, onde o dinheiro, os processos, os bens, a produção e o lucro definiam o core das corporações e eram base para a definição das metas e valores. Mas, na verdade, empresas são organismos vivos, e possuem valores, desejos, anseios, inseguranças e uma infinidade de outras características humanas. O motivo é simples: as empresas são feitas por um coletivo de pessoas que formam a alma, os valores, os hábitos e comportamentos da empresa como um todo. E quando essa cultura corporativa não está alinhada com a cultura individual de seus funcionários, o ambiente corporativo é tomado por desmotivação, desinteresse, desentendimento, desvalorização e baixa produtividade entre outras.

Richard Barrett, durante a primeira conferência Crescimentum Leadership Summit, define esse desalinhamento como Entropia Cultural. Entropia, na física, é uma forma de medir a desordem ou grau de agitação das moléculas. Ou seja, a Entropia Cultural é uma forma de medir a agitação ocasionada devido divergência entre os valores corporativos e os valores individuais de seus funcionários. Barrett ainda sinalizou que quando a Entropia Cultural é alta a produtividade entra em queda, interferindo no lucro das empresas de forma negativa. E que o contrário também ocorre.

Como exemplo, a Pesquisa Nacional de Valores 2017, realizada por Barrett com o apoio da Crescimentum/DataFolha, revelou que o principal valor que define o Brasil é a Corrupção, mas entre os principais valores pessoais dos brasileiros está a honestidade. Somente este desalinhamento já gera uma enorme Entropia Cultural, seja no âmbito político ou corporativo. Tanto que, em uma simulação corporativa ocorrida durante o evento, o principal valor corporativo apontado pelos participantes deveria ser a Ética. Sendo que Ética deveria ser uma premissa tão básica, um valor tão primordial e profundo, que não precisaria nem ser citado.

Na contramão desta pesquisa, empresas com valores mais humanos e éticos despontam como destino desejado por talentos, e possuem alta produtividade, engajamento, motivação, ambiente positivo e uma série de outras características que tornam essa empresa diferenciada, promissora e altamente produtiva.

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Por fim Paulo Alvarenga, sócio-diretor da Crescimentum, enfatiza que a cultura corporativa é um espelho de seus líderes. Ou seja, para mudar a cultura corporativa, “ou os líderes mudam, ou mudam-se os líderes.” (Richard Barrett).

Você deve estar se perguntando: “E eu com isso?”. Neste caso, talvez você não esteja trabalhando na empresa certa ou talvez não esteja sendo o líder que deveria ser.