Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Os últimos artesãos

Por| 20 de Setembro de 2018 às 12h59

Link copiado!

Os últimos artesãos
Os últimos artesãos

*Por Piero Contezini

Se o mundo hoje é online, os construtores dele são os programadores — talvez os últimos artesãos da nossa civilização. Nós programamos tudo o que se vê além das telas: sites, softwares, aplicativos, games, etc. A arte de programar está em transformar códigos em informação e aplicações que facilitam o dia a dia das pessoas. A profissão está em alta e será cada vez mais necessária, a medida que as demanda por tecnologia cresce.

Hoje, a programação já é a linguagem mais falada no mundo. Para especialistas, futuramente, a habilidade de saber programar será tão importante quanto a de saber falar inglês. Alguns países, inclusive, já oferecem cursos básicos de programação nas escolas. A Inglaterra é um exemplo. Desde 2014 a programação é uma matéria escolar no país. No Brasil, existem entre quatro e cinco mil empresas que desenvolvem ou produzem software. Isso indica um grande mercado para os programadores.

Infelizmente, aqui o acesso à aprendizagem de programação ainda é um pouco restrito. Com cursos caros e que explicam de forma complexa, muitas pessoas não conseguem alcançar o conhecimento. Para aproximar a oportunidade de quem quer aprender, cursos básicos e gratuitos encurtam o caminho. Em Florianópolis, por exemplo, a empresa Cheesecake Labs em parceria com o Comitê para a Democratização da Informática oferecem o Mão na Massa, que ensina programação básica e avançada para jovens carentes.

Continua após a publicidade

Outra iniciativa interessante é a da Code Nation, onde empresas interessadas em obter mão de obra patrocinam cursos de 3 meses para iniciantes e, após o curso, podem contratar as pessoas que tiverem um bom desempenho.

Mas não existe caminho certo para entrar no mundo da programação. Eu sempre tive interesse em tecnologia e aprendi desde cedo tudo que sei, comecei a desenvolver software com 12 anos e desde então nunca parei. Para ganhar dinheiro, aos 16 comecei a trabalhar como "white hacker", invadindo sites para testar sua segurança e assim ajudar a aprimorá-la. Logo depois abri uma fábrica de softwares, que é por onde muita gente começa, e desenvolvi diferentes produtos para terceiros. Sentindo na pele a dificuldade de cobrar os clientes inadimplentes, foquei meus esforços em uma solução que ajuda MEIs a cobrarem seus próprios clientes.

De uma boa ideia e um bom programador, podem surgir coisas incríveis e revolucionárias. A nova economia tem como base esses profissionais que ajudam a tornar novas idéias em aplicações que transformam a forma como as pessoas interagem entre si, se transportam, se alimentam e vivem.

* Piero Contezini é CEO da Asaas