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Brasil tem duas equipes do SESI na semifinal de prêmio mundial de inovação

Por| 18 de Maio de 2020 às 16h00

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Graças à tecnologia, projetos dos mais variados tipos vêm se destacando pela simplicidade dos materiais e a criatividade de uso. Dois bons exemplos disso vêm dos estados de Goiás e de São Paulo, de onde saíram dois destaques para uma premiação global de inovação. As iniciativas marcam pela aplicação criativa de produtos comumente jogados no lixo.

Uso da casca da laranja para evitar acidentes de trânsito

Diante do tema City Shaper - Construindo Cidades Inteligentes, escolhido pelo Festival SESI de Robótica, as equipes tinham que pensar em ideias inovadoras que pudessem solucionar problemas comuns em seus municípios. O projeto da equipe Titans L.J., formada por estudantes do SESI Planalto, em Goiânia, encontrou na casca de laranja uma alternativa que pode ajudar a reduzir os acidentes de trânsito na cidade.

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O asfalto escorregadio, que frequentemente causava acidentes de carro, foi o que motivou o grupo. O problema era decorrência da queda da fruta chamada jamelão, muito comum na cidade. Ao cair no chão, o fruto libera uma espécie de gordura, que deixava o asfalto escorregadio.

Uma pesquisa realizada pela equipe, então, resultou na escolha da casca de laranja como agente neutralizador da gordura. O grupo criou um composto que quando jogado no asfalto, resolveu o problema da superfície escorregadia e melhorou as condições de segurança no trânsito.

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O projeto foi levado ao conhecimento da Prefeitura de Goiânia, que estuda a possibilidade de colocar a iniciativa em prática. De acordo com nota divulgada, a equipe conseguiu dois caminhões-pipa emprestados para dar início aos testes com o composto nas ruas da cidade.

Da cana-de-açúcar ao selante asfáltico 

Já a equipe Biotech, do SESI Barra Bonita, em São Paulo, desenvolveu um produto que pode acabar com as rachaduras e buracos em ruas e avenidas e revolucionar a indústria da pavimentação. Ao estudar o bagaço da cana-de-açúcar, os estudantes encontraram a lignina, uma macromolécula que pode ser extraída da planta e utilizada para produzir um selante asfáltico.

Com a ajuda de um químico e de uma equipe de engenheiros especialistas, os estudantes analisarem a degradação do pavimento das estradas causada pela água e desenvolveram um produto com materiais sustentáveis. A produção do selante foi fácil a partir do momento que chegaram à lignina, uma vez que a cana-de-açúcar existe em grande quantidade na cidade do grupo.

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Os projetos reconhecidos em torneio mundial

As pesquisas de ambas equipes ficaram entre as vinte semifinalistas do prêmio Global Innovation, criado pela FIRST (For Inspiration and Recognition of Science and Technology), uma iniciativa que busca incentivar jovens apaixonados por robótica e inovação, e que conta também com o apoio de grandes empresas, como a The Walt Disney Company, LEGO, Qualcomm entre outras.

Os projetos foram escolhidos entre 40 mil participantes e avançam para uma fase online em que as invenções de todas as equipes ficarão disponíveis para votação do público. Interessados podem se cadastrar no site oficial do torneio, no qual encontrarão mais informações e também serão notificados de quando as votações foram abertas.

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De acordo com a página, a 10ª cerimônia anual da FIRST acontecerá no dia 27 de junho ao meio-dia (horário de Brasília) em uma transmissão online.

E aí, o que você achou destas iniciativas?