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Raio-X: o setor de TI no Brasil e a demanda por profissionais qualificados

Por Redação | 07 de Outubro de 2013 às 08h00

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Raio-X: o setor de TI no Brasil e a demanda por profissionais qualificados
Raio-X: o setor de TI no Brasil e a demanda por profissionais qualificados

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O setor brasileiro de Tecnologia da Informação (TI) já é o sétimo maior do mundo e deve manter o mesmo ritmo de crescimento do ano passado, podendo saltar de 10 a 14,5% até o final de 2013 segundo a empresa de consultoria IDC. Em um recente estudo, a Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) estima que a indústria brasileira de TI deve ter sua maior taxa de expansão ainda este ano. O cenário é altamente positivo para o profissional da área, uma vez que as empresas estão injetando capital e investindo fortemente no setor, enquanto o país figura como um dos mais atraentes para investidores externos.

De frente para o mercado: qual curso escolher?

Tendo em vista o crescimento do setor de TI nacional, uma boa opção para se destacar no mercado de trabalho é seguir carreira na área de tecnologia. O ideal é que tanto o jovem acadêmico quanto o profissional que busca uma formação na área definam, com base em conhecimento de mercado, o tipo de curso e a área de atuação antes mesmo de iniciar os estudos. De acordo com Wagner Sanchez, diretor acadêmico de graduação da FIAP (Faculdade de Informática e Administração Paulista), o jovem deve decidir qual curso fazer ao perguntar para si mesmo o que o atrai dentro da área de TI. São várias linhas de estudo e vários cursos que variam de 2 (tecnológico) a 4 e 5 anos (bacharelado), oferecidos pela instituição.

"Para a maioria das pessoas, a área de TI parece ser uma só. Mas, ao contrário disso, tem-se os profissionais específicos de cada área. O aluno decide qual área quer seguir tanto pelo tempo de duração do curso como por meio daquilo que o atrai. Games? Apps? Hardware? Conversa com usuários? A partir de então, escolhe-se o curso (bacharelado ou tecnológico)", diz Sanchez. "Pense como a área de saúde: há os cursos de Medicina, de Fisioterapia, de Odontologia. Depois, o profissional ainda pode se especializar em Radiologia, Oncologia e por aí vai. As possibilidades são várias", completa.

Bacharelado ou tecnológico?

Dentro do leque de cursos oferecidos pela FIAP estão Administração, Engenharia de Produção, Sistemas de Informação e Engenharia de Computação (bacharelado) e Redes, Banco de Dados, Análise de Sistemas e Desenvolvimento de Sistemas (tecnológicos).

A grande diferença entre um curso de bacharelado e um tecnológico é o tempo de formação, que pode durar de 4 a 5 anos para o primeiro, e 2 anos para o segundo. Além disso, outro grande diferencial é a especificidade do curso perante o mercado.

Um curso tecnológico, por ser mais rápido, garante uma vaga mais instantânea ao profissional no mercado de trabalho, além de ser mais especializado e específico em uma área da tecnologia. Já o curso de bacharelado é mais abrangente, genérico, de longo prazo. Entretanto, gera mais expectativas no mercado de trabalho, por englobar mais áreas que os cursos tecnológicos.

Da faculdade para o mercado

De acordo com Wagner Sanchez, diretor acadêmico de graduação da FIAP, "estamos vivendo um momento único no mercado de TI nacional. Atualmente, o Brasil não tem mão de obra suficiente para suprir cargos em empresas de TI, o que faz com que a oferta seja menor que a demanda. Via de regra, tal contexto atrai profissionais estrangeiros. Existe uma nova migração de portugueses, espanhóis e demais profissionais europeus para o mercado de TI no Brasil. Sobram empregos".

Segundo um relatório da empresa de consultoria IDC, o profissional de TI irá se deparar com um mercado cada vez mais crescente, porém com poucos competidores realmente qualificados para cargos como segurança online, mobilidade, gestão de redes e telefonia. Segundo a consultoria, a situação do mercado pode se agravar ainda mais até 2015, chegando a uma lacuna de 117.200 trabalhadores especializados em redes e conectividade, o que representa uma carência de 32% daqui a dois anos.

Diante deste "boom" de mercado de Tecnologia de Informação no Brasil, o futuro profissional já consegue traçar um plano de carreira para se especializar em determinada área e preencher as lacunas do mercado nacional. O Departamento de Gestão de Carreiras da FIAP tem contato direto com as empresas e os alunos, e graças a essa comunicação, consegue estabelecer as carências e demandas do mercado, bem como o perfil do profissional que se forma na instituição. Dessa maneira, consegue enviar para as empresas alunos em formação ou já formados que suprem exatamente aquela necessidade no ambiente corporativo.

Para Sanchez, a TI é um grande negócio, uma vez que está em todas as áreas da economia. Mas "a taxa de investimento das empresas em TI atrelada à taxa de evolução tecnológica não acompanha a taxa de formação de profissionais nesta área". A realidade no setor chega a assustar: 90% dos alunos de graduação conseguem emprego antes mesmo de colarem grau, enquanto quase 100% dos alunos formados pela instituição estão empregados, segundo o diretor.

O profissional de TI no mercado de trabalho

Segundo dados levantados pelo departamento de Gestão de Carreiras da FIAP, a faixa de renda do profissional de TI formado na instituição pode ultrapassar os R$ 10.000. Quarenta e oito por cento dos profissionais recebem até R$ 5.000, 32% têm renda entre R$ 5.000 e R$ 7.500, 11% possuem salário entre R$ 7.500 e R$ 10.000 e 9% recebem mais de R$ 10.000 por mês.

Do total de profissionais (de cursos tecnológicos ou bacharelados), a grande maioria é do sexo masculino, representada por 79% dos alunos formados. Apenas 21% são mulheres.

Investimentos no setor

Enquanto isso, o mercado não para de crescer. Em termos absolutos, o Brasil ficou, no ano passado, em sétimo lugar no ranking mundial de investimentos em tecnologia da informação, atrás dos Estados Unidos com US$ 638 bilhões (R$ 1,54 trilhão), China com US$ 173 bilhões (R$ 417 bilhões), Japão com US$ 172 bilhões (R$ 415 bilhões), Reino Unido com US$ 110 bilhões (R$ 265 bilhões), Alemanha com US$ 101 bilhões (R$ 243 bilhões) e França com US$ 76 bilhões (R$ 183 bilhões).

Jorge Sukarie, presidente da Abes, afirmou à agência de notícias Reuters que a previsão da associação é para que o faturamento no setor suba 14,5% neste ano, fechando em US$ 69 bilhões (R$ 166,6 bilhões). Apenas em 2013, a indústria brasileira de TI deve ter a maior taxa de investimentos do mundo.