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Pesquisadores criam câmera que grava 100 bilhões de quadros por segundo em 3D

Por| 16 de Outubro de 2020 às 17h00

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Mike Marrah/Unsplash
Mike Marrah/Unsplash

Um professor do California Institute of Technology (Caltech) conseguiu criar uma câmera capaz de alcançar 100 bilhões de quadros por segundo. Só isso já seria um feito e tanto, mas o destaque aqui está para uma adição: as imagens têm efeitos 3D. 

Lihon Wang é professor do departamento de Engenharia Média do Caltech. Ele desenvolveu o que chama de câmeras CUP, sigla em inglês para fotografia comprimida ultraveloz, e que alcança os 100 bilhões de quadros por segundo. Para se ter uma noção do quanto isso é bastante, atualmente o padrão alto de gravações é de 60 quadros por segundo, com aparelhos que reproduzem 120 quadros por segundo. Isso em termos de imagens bidimensionais. 

A mudança aqui é que esta câmera também faz o registro em 3D, com um método chamado de SP-CUP, adicionando os termos foto única e estéreo-polarimetrizada ao nome original. Vamos por partes.

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Ao dizer que há uma foto única, ele se refere ao fato de que não há mais de uma lente registrando as imagens ao mesmo tempo para criar o efeito 3D. Segundo o pesquisador, há apenas uma lente, mas dividida em duas metades, capaz de criar os dois canais e fazer o efeito de profundidade. Por isso, o nome estéreo, com mais de um canal. 

Para isso, o aparelho usa uma técnica que se aproveita da polarização da luz. A polarização é o fenômeno de ondas em geral que se refere ao sentido em que a onda está se propagando. Isso é mais fácil de observar em cordas, como a de violão. Se você bate nela em uma direção, formará uma onda naquele sentido. Caso bata na transversal, a onda será feita em outro caminho. O sistema usa destas diferentes posições de onda da luz (polaridades) para conseguir identificar profundidade e criar o efeito tridimensional. 

A pergunta agora é: para que serve uma câmera tão potente assim? Na medicina, principalmente, pode ajudar pesquisadores a identificar reações que acontecem muito rápido no corpo. A ideia de se ter tantos quadros por segundo é permitir criar imagens em câmera lenta com muitos detalhes. 

A pesquisa completa foi divulgada pela revista Nature Communications.

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Fonte: Eurekalert