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Uber é avaliada em US$ 120 bilhões e pode abrir ações no ano que vem

Por| 16 de Outubro de 2018 às 11h30

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Uber é avaliada em US$ 120 bilhões e pode abrir ações no ano que vem
Uber é avaliada em US$ 120 bilhões e pode abrir ações no ano que vem
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O momento dourado para a Uber parece cada vez mais próximo. Em uma nova estimativa de mercado, a empresa de transportes teria sido avaliada em US$ 120 bilhões em antecipação a uma oferta inicial de ações que pode acontecer no primeiro semestre do ano que vem. As informações não foram confirmadas oficialmente e são oriundas de fontes ligadas ao processo, mas representam um caminho que, para muitos especialistas do mercado, parece ser inevitável levando em conta o tamanho e importância da companhia.

A avaliação também reflete isso, com os US$ 120 bilhões indicados pelo banco Morgan Stanley, possível responsável pela IPO, representando mais do que o dobro da mais recente avaliação de mercado da Uber. Seria, também, uma das maiores aberturas da indústria da tecnologia, com um valor maior do que o total combinado de Ford, General Motors e Fiat Chrysler.

As avaliações, cujas informações foram vazadas à imprensa, também trazem informações que vão além da relevância da companhia para justificar a previsão explosiva. A expectativa é de US$ 10 bilhões a US$ 11 bilhões em faturamento neste ano, sobre US$ 7,7 bilhões no ano passado, um total que mais do que justificaria o sucesso, apesar da noção de que a Uber somente chegaria ao azul em 2021.

Por outro lado, os bancos envolvidos esperam certas complicações em relação à divisão das ações, com cotas distribuídas ao longo dos últimos sete anos que variam de US$ 50 milhões a US$ 72 bilhões. Em antecipação ao IPO, os papéis precisam ser distribuídos entre aqueles que já possuem parcelas da companhia, e são tantos investidores que a expectativa é de um processo bastante burocrático e tortuoso.

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Além disso, há uma data limite para que uma IPO seja realizada. As informações indicam que, como parte do recém-recebido aporte dos japoneses da SoftBank, a Uber é obrigada a iniciar suas negociações na Bolsa até o final de 2019, caso contrário, deve permitir que todos que adquiriram parcelas de, no mínimo, US$ 100 milhões, revendam suas partes. Esse movimento não é desejável, uma vez que tiraria o controle da Uber sobre sua própria avaliação. Sendo assim, uma abertura de capital no ano que vem é praticamente certa, mesmo que o movimento não aconteça no primeiro semestre.

O Grupo Goldman Sachs também teria sido consultado em relação a um vindouro IPO e, apesar de uma avaliação um pouco menor que a do Morgan Stanley, concordou em todos os outros pontos quanto à necessidade de abertura e burocracia envolvidas. Além disso, a instituição teria citado a forte concorrência de rivais chineses, que podem fazer com que potenciais investidores deixem de olhar para a Uber para enxergar oportunidades em outros lugares.

Por outro lado, para a instituição, a miríade de serviços oferecidos pela companhia de transportes a sustentaria por um longo tempo como a melhor opção. Apenas o serviço de entrega de comidas UberEats, por exemplo, foi avaliado em US$ 20 bilhões, mais do que o dobro da Grubhub, maior empresa do setor em negociação na Bolsa de Valores. Além disso, a expectativa é que a opção chegue ao azul antes mesmo da plataforma de caronas, algo que pode ajudar a subsidiar o crescimento enquanto a companhia não chega nesse patamar de maneira integral.

Ainda, o relatório cita redução nos investimentos altos que vinham sendo colocados na pesquisa de carros autônomos. Por conta de uma parceria com a Toyota e a divisão destes custos, a companhia também deve economizar, após ter apostado mais de US$ 750 milhões em pesquisas que ainda levarão muitos anos para chegarem a um patamar de utilização. O ponto da lucratividade, entretanto, nem se avizinha no horizonte.

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A Uber, logicamente, não se pronunciou oficialmente sobre as informações antecipadas pelo The Wall Street Journal. Recentemente, entretanto, o CEO da empresa, Dara Khosrowshahi, disse que a expectativa é de abertura de capital no segundo semestre do ano que vem. A empolgação, então, pode ter antecipado essa data.

Fonte: The Wall Street Journal