Publicidade

Imposição de tarifas dos EUA provoca queda nas ações da Nio, a “Tesla da China”

Por| 17 de Setembro de 2018 às 16h20

Link copiado!

Imposição de tarifas dos EUA provoca queda nas ações da Nio, a “Tesla da China”
Imposição de tarifas dos EUA provoca queda nas ações da Nio, a “Tesla da China”

O sobe e desce das ações da Nio desde a semana passada poderiam ser considerados atípicos mesmo para os padrões de Wall Street. Após conduzir sua IPO (oferta pública inicial) na última quarta-feira (12), a “Tesla da China”, como é chamada, viu suas ações despencarem ao patamar mínimo esperado, unicamente para dispararem 75% no dia seguinte – e agora caírem em 12%.

É verdade que o último recuo teve uma razão de ser bastante clara – e a mesma que vem derrubando os papéis de várias companhias asiáticas desde que Donald Trump encetou sua guerra tarifária contra a China. Dessa vez, o que pesou ao investidor desconfiado foi uma nota liberada pela Bloomberg, segundo a qual os EUA estão prontos para impor novas taxas a mais de US$ 200 bilhões em produtos chineses; e isso a despeito das longas conversações mantidas pelos governos dos dois países.

A pretensão “verde” da China

Mas a Nio certamente tem um trunfo nas mangas. Assim como a Tesla, a companhia amparada na gigante Tencent concentra grande parte do zeitgeist (o “espírito da época”) que faz investidores e agências de regulação ambiental sorrirem de orelha a orelha: trata-se, afinal, de veículos ecologicamente corretos, concentrando grande parte da atual ambição chinesa por reduzir emissões — e com isso buscar o capital politicamente correto do Ocidente.

Continua após a publicidade

Ademais, diversas companhias chinesas recentemente listadas nos EUA têm tido flutuações relativamente modestas, o que não é necessariamente positivo. Conforme apontou o analista Wang Guanxiong ao site South China Morning Post, “flutuações grandes indicam que há pelo menos alguma atividade especulativa”.

Assim sendo, também o aplicativo agregador de notícias Qutoutiao deve se beneficiar da especulação ocidental. A startup fez sua oferta inicial na última sexta-feira (14), tendo assistido em seguida a uma alavancada de 126% — embora o temor relativamente menor em relação à taxação estadunidense (por não representar um produto, mas sim um serviço) possa justificar em parte a boa vontade dos investidores.

Fonte: via Business Insider