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AMD tem alta histórica em suas ações depois de segundo trimestre positivo

Por| 24 de Agosto de 2020 às 13h05

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As ações da AMD dispararam depois que receita e lucro da companhia superaram as estimativas no segundo trimestre de 2020. A alta nos números foi sustentada por um notável aumento de 45% nas vendas de suas divisões de processadores e placas gráficas, no ano a ano.

A divisão Embedded and Semi-Custom - que fornece CPUs para servidores - cresceu 62% durante o trimestre, enquanto a receita da divisão Enterprise caiu 4%. Outro fator que contribuiu para a alta da fabricante de chips foi a sua previsão para o terceiro trimestre, ao aumentar a orientação de receita para o período por uma ampla margem, agora esperando reservar entre US $ 2,45 e US $ 2,65 bilhões em pagamento de dividendos.

Matthew Ramsay, analista da consultoria de mercado Cowen, aumentou a avaliação da AMD de 90 para 100 na semana passada, depois de reuniões com a CEO da AMD, Lisa Su: “Tivemos a oportunidade de receber a CEO da AMD, Dra. Lisa Su, para uma série de conferências online com investidores. As mensagens de consistência, confiabilidade de execução e colaboração, muito mais próxima com seus principais clientes, foram feitas. Com o roteiro da Intel em evolução, mas em grande medida devido à própria inovação de produto da AMD, prevemos ganhos de participação e forte crescimento de receita / margem”, afirmou Ramsay em análise.

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Wall Street cautelosa

Apesar dos bons números apresentados, Wall Street preferiu adotar a cautela e diminuiu os níveis extremamente otimistas, com a AMD, mesmo com os ganhos extraordinários de ações, acima de algumas metas de avaliação. Atualmente, os papeis da companhia são classificados como uma 'Compra moderada', com base em 14 recomendações de 'Comprar', 11 de 'Esperar' e uma recomendação de 'Vender'. As metas de preço agora variam de uma mínima de US$ 50, com pico de US$ 120, enquanto a ação fechou o pregão da última sexta-feira (21) cerca de $ 3 acima da meta média de US$ 81.

Tecnicamente falando, a ação está extremamente supervalorizada depois de crescer mais de 60% até agora, no terceiro trimestre. Isso pode aumentar as chances de uma pausa no crescimento durante várias semanas ou, até mesmo, uma retração profunda. A reviravolta, na verdade, pode já ter começado desde que a tendência de alta atingiu a maior de todos os tempos, atingindo US$ 87,29 há mais de duas semanas, forçando os indicadores semanais de relativização das ações a entrar em ação. Mesmo assim, há chances de que os papeis da AMD possam atingir até US$ 100 nas próximas semanas.

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Aproveitando a má fase da Intel

A AMD está aproveitando os atrasos sistêmicos Intel e expandindo uma base de clientes leais ao colocar no mercado processadores altamente competitivos de próxima geração em um ritmo mais rápido. As vendas CPUs e GPUs estão apresentando um crescimento impressionante, puxados pelos clientes da NVIDIA Corp. O segmento de gráficos vem crescendo exponencialmente desde o primeiro trimestre.

No final de julho último, durante a divulgação de seus resultados financeiros, a Intel afirmou que o lançamento de seus chips com litografia de 7 nanômetros atrasará mais uma vez e chegarão ao mercado apenas no final de 2022.

Originalmente, a previsão da empresa era de que o lançamento desses chips ocorrese no segundo semestre deste ano. No entanto, em março, a fabricante anunciou um adiamento para o final de 2021. Agora são pelo menos mais 12 meses de atraso ou até mais, já também há a possibilidade de que essa nova geração de processadores chegue ao mercado apenas no segundo semestre de 2023.

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"Estamos vendo uma mudança aproximada de seis meses em nosso tempo de processamento das CPU de 7 nm (nanômetros) em relação às expectativas anteriores", disse o CEO da Intel, Bob Swan , em comunicado. "O principal fator é o rendimento do nosso processo de 7 nm, que com base em dados recentes, fará com que a nossa meta interna seja adiada em 12 meses para ser alcançada".

Ainda durante o comunicado Swan continuou: "Identificamos um modo defeituoso em nosso processo de 7nm que resultou em degradação do rendimento. Identificamos a raiz do problema e acreditamos que não existem obstáculos fundamentais a serem superados, mas também investimos em planos de contingência para proteger o cronograma de outras incertezas". O executivo afirmou ainda que trabalhará ao lado de fabricantes parceiras em alguns segmentos de mercado para poder acelerar o lançamento de seus próximos processadores.

Esses atrasos soam como música nos ouvidos da AMD. Isso porque a empresa já conta com chips de 7nm disponíveis no mercado - CPUs e GPUs - e deve se consolidar nesse mercado por, pelo menos, dois anos. Além disso, a AMD promete lançar processadores com litografia de 5 nanômetros - arquitetura Zen 4 "Genoa" - em 2022. Ou seja, a Intel não apenas chegará atrasada em dois anos para a "festa do 7nm", como já chegará com uma geração defasada se o roadmap da AMD se concretizar.