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Abertura de capital da Uber segue em frente com registro de documentos pela SEC

Por| 11 de Abril de 2019 às 21h10

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Abertura de capital da Uber segue em frente com registro de documentos pela SEC
Abertura de capital da Uber segue em frente com registro de documentos pela SEC
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Com a expectativa de que a Uber iria fazer uma oferta pública de ações (IPO), o mercado de ações estava à espera de uma notícia que oficializasse o feito e, nesta quinta (11), a Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos (SEC) disponibilizou os documentos regulatórios em seu site oficial, dando o sinal verde para abertura de capital na NASDAQ, prevista para maio.

O documento, tão aguardado pelos acionistas, foi arquivado em dezembro do ano passado e demonstra a visão de investimentos da Uber, bem como os seus planos de crescimento futuro nos ramos de carona, entrega de comida, direção autônoma, veículos voadores e mais.

De acordo com o Business Insider, a empresa de caronas será listada na bolsa de Nova Iorque sob a sigla UBER e, no momento, os bancos Morgan Stanley, o Goldman Sachs, Bank of America, Merrill Lynch, Barclays, Citigroup e Allen & Company, entre outros, estão subscrevendo a oferta. Apesar de a empresa não revelar o valor da venda que pretende disponibilizar, informações anteriores indicam que ela venderá cerca de US$ 10 bilhões (R$ 38,2 bilhões) em ações, o que tornará seu IPO o maior de todos os tempos na indústria de tecnologia.

O impacto que esse IPO irá trazer aparenta ser bastante interessante, visto que o co-fundador da Uber, Travis Kalanick, que se demitiu da empresa em 2017, também acabará faturando valores na casa dos bilhões. Sendo um dos principais acionistas da empresa, Kalanick detém 8,6% das ações pré-IPO, que estão avaliadas em cerca de US$ 9 bilhões. Outros dos grandes acionistas são o SoftBank Vision Fund (16,3%), Benchmark (11%), Expa (6%), o Fundo de Investimento da Arábia Saudita (5,3%) e a Alphabet (5,2%).

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Vale destacar que a Uber arrecadou quase US$ 20 bilhões em uma combinação de financiamento de dívida e capital, tornando-se o negócio pré-IPO mais bem capitalizado de todos os tempos.

Antes do começo das negociações, no entanto, os executivos e banqueiros da Uber iniciarão um roadshow para aumentar a demanda em todo o país. De acordo com a Bloomberg, isso deve começar ainda neste mês, visando disponibilizar as ações em maio. Vale lembrar que o roadshow é similar a um workshop, mas que percorre várias localidades.

Apresentando um crescimento notável e recebendo vários investimentos, o banco Morgan Stanley havia indicado, em outubro do ano passado, que a empresa de transportes estaria avaliada em US$ 120 bilhões, posicionando-a num lugar de destaque entre a operadora ferroviária Union Pacific e a Salesforce, gigante do ramo da tecnologia.

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Com expectativas extremamente altas quanto ao poder de lucro da Uber, a empresa recebeu grandes quantidades de investimentos, permitindo a ela que pudesse englobar a maioria das cidades presentes em mais de 60 países, apresentando uma abrangência muito maior no quesito de disponibilidade de serviço quando comparada à sua maior rival, a Lyft.

Através do IPO, o crescimento da empresa pode ser notado ao observar que o fluxo de caixa foi positivo em 2018, com um lucro líquido de US$ 997 milhões. Isso é um aumento maciço em relação à perda de mais de US$ 4 milhões em 2017. Ao mesmo tempo, a receita da Uber também demonstrou grande crescimento, apresentando um valor dez vezes maior desde 2014.

Apesar de o nome “Uber” estar fixado na mente das pessoas como um aplicativo de caronas, vale destacar que a empresa atua também em outros ramos, tais como o de veículos autônomos e de entrega de comida, sendo esse último o segmento que mais cresce dentro da empresa. De acordo com o Business Insider, executivos da Uber teriam afirmado que o Eats será o primeiro de muitos serviços que demonstrarão uma grande ascendência através do nome “Uber”. Um exemplo de “outro serviço” seria o de entrega de produtos de mercados e mercearias, que estaria sendo projetado no escritório de Toronto para ser lançado em um futuro próximo.

Mesmo com grandes expectativas quanto ao desempenho do IPO, a empresa parece querer manter certa cautela após acompanhar o caso da sua concorrente, a Lyft. Ela abriu seu capital em março, com um início bastante animador, e foi seguida por um declínio de mais de 20% das ações durante as duas primeiras semanas de negociação. Daniel Ives, analista da Wedbush, diz que as ações da Lyft continuam fracas pelo fato de os investidores terem se preocupado com o iminente IPO e roadshow da Uber, o que poderia ser “uma sombra sobre as ações da Lyft no curto prazo".

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Fonte: Tech CrunchBusiness InsiderSEC