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Retrospectiva 2018 | As notícias de tecnologia mais bizarras do ano

Por| 27 de Dezembro de 2018 às 14h17

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Retrospectiva 2018 | As notícias de tecnologia mais bizarras do ano
Retrospectiva 2018 | As notícias de tecnologia mais bizarras do ano

2018 foi um ano agitado, com Copa do Mundo, eleições e muita coisa acontecendo. Foi um período de escândalos para gigantes, crescimento de pequenos e, principalmente, muita bizarrice. Na medida em que a tecnologia se torna uma parte cada vez mais integrante da vida das pessoas, é lógico que todo mundo vai querer tirar sua casquinha, seja para fazer alguns trocados ou, simplesmente, chamar atenção para si.

E no ano que agora chega ao fim, não faltou assunto para a zoeira das redes sociais e as editorias de notícias bizarras do noticiário internacional. Tanto que foi difícil para o Canaltech escolher as novidades mais, digamos, “peculiares” de 2018, na lista que você confere agora e deveria conter 10 itens, mas foi finalizada com 13 e ainda deixando coisas de fora.

Fortnite domina o mundo pornô

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No universo dos games, 2018 foi, sem dúvida nenhuma, o ano dos Battle Royales. E entre todos, temos um campeão absoluto, Fortnite, desenvolvido pela Epic Games e uma verdadeira febre mundial, ganhador de prêmios de melhor do ano e com centenas de milhões de jogadores. A febre é tamanha que movimentou até sites pornográficos, mas, ao mesmo tempo, também dificultou a vida de quem trabalha com isso em alguns momentos.

São os dois lados de uma mesma moeda. De acordo com dados do site Pornhub, Fortnite foi o termo não-relacionado à indústria pornográfica mais buscado de 2018, aparecendo em segundo no ranking geral e apenas atrás da atriz Stormy Daniels, que revelou ter tido um caso com o presidente americano Donald Trump.

Ao mesmo tempo, em junho de 2018, o site adulto Youporn registou uma queda de quase 17% no tráfego de usuários em um determinado momento durante a transmissão do torneio Fortnite Pro-Am, que reuniu 50 jogadores profissionais e celebridades para disputas em meio à E3. Do início do evento até a vitória dos streamers Ninja e Marshmello, a média de redução de público ficou na casa dos 14%, retornando à situação normal apenas depois que os campeões foram anunciados.

Fogo na bomba

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Hoje em dia, você pode comprar de tudo na internet, inclusive um lança-chamas de verdade. Anunciada como a arma mais segura do mundo em sua categoria, o produto da empresa de perfuração de túneis e transporte de Elon Musk, a Boring Company, custava US$ 500 e teve 20 mil unidades vendidas em poucos dias, esgotando ainda na pré-venda.

O equipamento nasceu e viveu como uma piada. Depois que legisladores americanos ameaçaram banir a entrega dos produtos, ele foi batizado ironicamente de “Não é um Lança-Chamas” e chegou a ser comercializado em um pacote com um extintor de incêndios superfaturado, acompanhado de um adesivo exclusivo da Boring Company. Uma empresa que, por suas ações promocionais realizadas em 2018, de “chata”, como a tradução do nome indica, não tem nada.

China X Ursinho Pooh

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O combate do governo chinês contra um dos ursinhos mais queridos do mundo continuou reverberando em 2018. Em novas informações que jamais deixarão de soar esquisitas, a China continuou exercendo seu banimento do Ursinho Pooh em todo o território nacional, substituindo o personagem por um borrão em um recente trailer de Kingdom Hearts III e proibindo o lançamento de Christopher Robin - Um Encontro Inesquecível, longa com Ewan McGregor no papel principal.

Tudo isso porque o presidente Xi Jinping não gostou muito de ser comparado com o personagem. A briga começou em 2013, quando uma fotografia dele caminhando ao lado do então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi comparada a uma imagem de Pooh e Tigrão. Depois, ao encontrar o primeiro ministro japonês Shinzo Abe, sua imagem como ursinho foi colocada ao lado de Bisonho. Em 2015, veio a proibição extra-oficial e a ordem para que censores apagassem qualquer imagem do personagem, com o meme sendo citado como uma maneira de inimigos atacarem a imagem do líder e de todo o país que ele dirige.

Pilhas de roupa, nunca mais

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Carros autônomos, detectores faciais e drones militares não estão com nada. A verdadeira revolução da robótica e da inteligência artificial é a FoldiMate, uma máquina capaz de passar e dobrar uma pilha inteira de roupa em poucos minutos. Produto de uma startup americana de mesmo nome, a máquina estava em testes desde 2016 e, em 2018, finalmente esteve diante do público, na CES 2018, e ganhou uma data de lançamento.

Por US$ 980, ou cerca de R$ 3.800, você se livra para sempre do infortúnio que acompanha o cheirinho do amaciante. A Foldimate dobra e passa não apenas roupas do dia a dia, mas também cobertores, fronhas e, rufem os tambores, lençóis, inclusive os de elástico. Infelizmente, o Prêmio Nobel da Paz não veio desta vez, mas quem sabe em 2019, quando está prevista a entrega do produto para quem realizar a pré-compra.

“Onde é que eu tô?”

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Essa, com toda a certeza, foi a pergunta feira pelo americano Kenny Bachman quando, após uma festa de estudantes, acordou em outro estado e a mais de 400 quilômetros de casa. A situação aconteceu entre as cidades de Morgantown e Nova Jersei, nos Estados Unidos, e resultou em uma conta de US$ 1.635, o equivalente a mais de R$ 6 mil, para o jovem.

Foi, na verdade, uma sucessão de erros. Bachman estava hospedado a poucos quilômetros do local da festa, mas, provavelmente, inseriu o endereço errado, por conta de seu estado de embriaguez. Além disso, ele selecionou o serviço Uber XL, indisponível no Brasil e que disponibiliza vans para grandes grupos de pessoas, em vez da categoria X, a mais barata (neste caso, a viagem sairia por “apenas” US$ 800, ou aproximadamente R$ 3.200.

O boêmio pagou a corrida em dinheiro, para que seu motorista pudesse fazer a viagem de volta pagando pedágios, e abriu uma solicitação junto à Uber, que não o reembolsou. De acordo com a empresa, Bachman teria que ter inserido um endereço para que uma viagem dessas acontecesse, e como selecionou manualmente o serviço Uber XL, não chegou a ser questionado pelo condutor, uma vez que os parceiros desta categoria estão acostumados às viagens longas.

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Rindo de mim ou comigo?

Uma risada irônica ouvida do mais absoluto nada, dentro de casa. Foi nesse enredo de filme de terror que viveram alguns usuários de aparelhos com a assistente virtual Alexa, da Amazon, depois que a "moça" deu uma gargalhada de repente, sem que nenhum tipo de comando fosse solicitado a ela. O som aparecia de forma aparentemente aleatória, mas parecia ser uma reação a algum som ambiente.

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De acordo com a Amazon, não é desta vez que a revolução das máquinas vai começar (ou é exatamente isso o que diria alguém envolvido no estopim desse combate). Segundo a empresa, as risadas da Alexa seriam um easter egg a partir de outra interação não implementada, que acabaram “vazando” no código da assistente e surgindo de forma aleatória a sons ambientes. Uma atualização para os dispositivos foi liberada para resolver o problema.

Turco mecânico 2018

Boris foi apresentado no início do mês de dezembro pelo canal russo Rossiya 24 como uma das mais impressionantes obras da robótica e da inteligência artificial do país. Tão avançada que seria capaz de dançar e interagir com humanos, a máquina mostrou uma incrível naturalidade na detecção de movimentos e comandos, algo que parecia bom demais para ser verdade. E no fim das contas, era bem isso mesmo.

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A farsa foi descoberta dias depois, quando veio à público a imagem de um ator vestindo uma armadura criada por uma empresa chamada Show Robots. Ela pediu desculpas afirmando que sua ideia era demonstrar a vestimenta, que acompanhava um tablet e um microfone, e não enganar as pessoas — uma abordagem que foi feita pela emissora de televisão.

Momo, o fantasma do Zap

E já que estamos falando de histórias de terror, o que dizer de Momo, uma japonesa de olho esbugalhado que sabe tudo sobre você e quer te matar por meio do WhatsApp? Mais uma vez, não estamos citando um filme, mas sim, um misterioso perfil no mensageiro que assustou usuários em meados de 2018 ao demonstrar saber muito sobre as pessoas, enviando imagens de pessoas mortas, se comunicando em vários idiomas e fazendo ameaças. Seria o espírito de uma jovem assassinada brutalmente, que ficou aprisionado na internet depois de ter fotos de seu cadáver compartilhadas pelo aplicativo.

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Tudo, entretanto, não passa de engenharia social. Enquanto os detalhes sobre como Momo agia ainda são desconhecidos, o perfil, que funcionava a partir de um número de celular do Japão, não conecta ao WhatsApp desde julho. As informações de quem o contatava eram obtidas a partir de pesquisas usando o telefone usado na conversa e a imagem de perfil. Já a imagem bizarra é de uma escultura de uma “mulher-pássaro”, disponível em um museu da cidade nipônica de Ginza.

Shorts, raquetes e cálculos

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Um dos principais lançamentos exclusivos para o Nintendo Switch foi Mario Tennis Aces. Mas, na internet, o jogo ficou conhecido por mais do que partidas amistosas de tênis, tendo sido, também, o responsável por revelar o “dote” de Luigi. De acordo com os cálculos do amigo internauta, o membro do irmão de Mario teria 9,4 cm enquanto flácido.

A revelação veio após a divulgação de uma arte do personagem no título, com um volume nada discreto aparecendo nos shorts brancos usados por Luigi. Como qualquer pessoa, o italiano também acabou se revelando ao utilizar roupas esportivas, enquanto o cálculo de sua potência foi feito na comparação com o tamanho da raquete de tênis presente na imagem e a quantidade de pixels ocupada por ela, juntamente com a mesma medida nas partes pudendas do italiano. A internet, basicamente, em sua melhor forma.

O fenômeno Bowsette

E já que estamos falando de bizarrices relacionadas à Nintendo, uma personagem totalmente criada por fãs acabou se tornando mais uma delas. O meme surgiu em uma tirinha na qual, após o final de Super Mario Odyssey, a Princesa Peach recusaria o pedido de casamento tanto do encanador quanto de seu arquirrival, Bowser.

A gênese de Bowsette, entretanto, tem origens ainda mais profundas. Ao divulgar a versão Switch de New Super Mario Bros U, lançado originalmente para o Wii U, a Nintendo revelou a existência de um novo item, a Super Crown (ou Super Coroa, na tradução direta) e, a partir dele, uma nova personagem, Peachette, uma “evolução” de Toad após a utilização do artefato, a transformando em uma forma quase semelhante à de Peach.

Rapidamente, então, a internet começou a pensar como seria se outros personagens também usassem a Super Coroa. Com a recusa dupla do casamento, Bowser faria isso para, então, viver feliz para sempre com Mario, para o olhar perplexo de Peach. Bowsette nascia em setembro para dominar o imaginário popular internético e, também os sites adultos, aparecendo em nona posição na já citada lista de termos mais buscados do ano no site Pornhub.

“Fabricado na China”

2018 foi um ano, como dito, estrelado para os games, que marcou também a primeira vez que todos os três consoles de mesa do mercado venderam mais de um milhão de unidades no mesmo mês. Quem também tentou entrar nesse mercado foi o rapper americano Soulja Boy, que lançou neste ano os esperados por absolutamente ninguém SouljaGame Console e SouljaGame Handheld.

O único problema é que os Souljaparelhos não são originais e, na realidade, são versões apenas repaginadas de dispositivos falsificados vindos da China e capazes de emular consoles antigos. A linha SouljaGame, em ambas as versões, acompanha 800 jogos de plataformas como NES, Super Nintendo, Game Boy Advance, PlayStation, NeoGeo, Mega Drive, Master System e até PC, tudo por um preço Souljaespecial.

Disponíveis em uma loja online própria, a SouljaWatch, os dispositivos são vendidos por valores, em média, 60% superiores. O SouljaGame Console sai por US$ 399, cerca de R$ 1.600, enquanto o SouljaPortátil custa US$ 99, aproximadamente R$ 380. Pior do que tudo isso, os SouljaGadgets podem causar problemas legais para o rapper pela utilização de obras licenciadas.

Outros produtos da linha também têm origem chinesa suspeita, como o SouljaPhone, os SouljaPods, SouljaHeadphones e o SouljaWatch, que dá nome à loja online do artista. “Tá tudo dominado”, não disse ele, de verdade, quando perguntado sobre a presença de jogos ilegais em seus aparelhos. Ele afirmou, agora para valer, que a venda de seus consoles é totalmente legítima e que “pesquisou” antes de realizar a importação, afirmando que se até mesmo grandes fabricantes de produtos são criticados ao lançarem novos produtos, por que ele também não seria?

Ver para crer

Uma grande conspiração só pode ser resolvida com provas factuais e, às vezes, nem assim. E foi por isso que “Mad” Mike Hughes se lançou em um foguete, a partir do deserto do Mojave, nos EUA, para chegar à órbita da Terra. Seu objetivo? Fotografar os limites da Terra e comprovar, de uma vez por todas, que o nosso planeta é plano.

O voo aconteceu em março, mas não teve os resultados desejados. Para observar o abismo, ele teria que chegar a 10 quilômetros de altura, o que não aconteceu. A altitude e a pressão, entretanto, exigiram que ele recebesse atendimento médico ao retornar ao chão, algo que aconteceu sem acidentes. Na ocasião, Hughes prometeu retornar, usando um balão meteorológico, que considerou um meio mais seguro, para atingir o limite necessário e fotografar a curvatura (ou não) da Terra.

Barreiras de idioma

O termo “sextou” é causa de alegria em todo o território nacional, mas em 2018, assumiu um caráter todo diferente, mas não menos festivo, quando caiu nas mãos dos gringos. Falantes da língua inglesa lotaram o Instagram de imagens pornográficas ao transformarem o motivo do aumento na compra de cerveja e reproduções de música sertaneja em algo bem mais pervertido. Lá fora, a palavra virou “SexToU”, ou “sexo para você”.

A deformação foi descoberta em setembro, quando a hashtag “bombou” em plena terça-feira. Ao pesquisarem o motivo disso, afinal, não estávamos na véspera de um feriado, os internautas brasileiros descobriram o motivo de maneira nada segura para o trabalho. Os árabes parecem ter sido os mais animadinhos com o “sextou”, enquanto o Instagram limitou a utilização da palavra-chave enquanto tomava atitudes para impedir a disseminação de pornografia na rede social, algo que vai contra seus termos de uso.