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BGS 2019 | Luigi’s Mansion 3 chama atenção no estande mais requisitado da feira

Por| 17 de Outubro de 2019 às 11h12

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BGS 2019 | Luigi’s Mansion 3 chama atenção no estande mais requisitado da feira
BGS 2019 | Luigi’s Mansion 3 chama atenção no estande mais requisitado da feira

Luigi’s Mansion pode não ser uma das franquias mais icônicas da Nintendo, mas com certeza conquistou o carinho dos fãs desde o GameCube por, principalmente, dar ao irmão de Mario sua chance de brilhar. Luigi's Mansion 3, novo game da franquia, foi um dos escolhidos pela empresa para abrilhantar seu estande na Brasil Game Show 2019, estando disponível algumas semanas antes de seu lançamento e ajudando a firmar o retorno da companhia ao evento após sete anos de ausência.

O que víamos ali era aquela demo convencional de evento, que exibia com clareza o pacote gráfico e também o sistema de controles, de forma que os jogadores entendessem do que Luigi’s Mansion 3 se trata. A amostra durava cerca de 15 minutos e, mais do que tudo, apresentava um tipo de comportamento bastante cirúrgico: ela era suficiente para demonstrar as características do game, mas principalmente para deixar querendo mais.

No trecho curto, saíamos de uma área aberta onde Luigi era desafiado para um duelo, passando por um segmento do hotel Last Resort, onde o game se passa, até chegarmos a uma arena. Pelo caminho, o jogador aprendia os princípios básicos do título e suas novas características, algo pelo qual a franquia sempre chamou a atenção. A demo deixa claro: este é o mesmo Luigi’s Mansion que você joga desde o GameCube, só que com diversas adições que o tornam muito mais interessante.

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A primeira que se percebe é o sistema físico do game, muito mais apurado por conta do potencial gráfico maior do Switch em relação aos consoles anteriores. Tudo no cenário se mexe o tempo todo e é possível perceber até mesmo detalhes balançando quando o protagonista usa seu aspirador de fantasmas nas proximidades ou ativa o ataque especial que causa uma onda de choque pelos arredores. Mais do que isso, esse aspecto também serve como um elemento de exploração, afinal de contas qualquer cantinho pode esconder uma moedinha, que seja. E quanto tudo explode, as coisas se comportam de maneira realista.

Primeiro, enfrentamos fantasmas comuns usando um dos novos poderes de Luigi, a capacidade de bater os inimigos no cenário antes de sugá-los completamente para dentro do aspirador, o Poltergust G-00. A referência a Caça Fantasmas é clara e continua dando um charme todo especial ao game, mas os ares adicionais de combate assumidos por essa nova mecânica também permite que o game lance diferentes oponentes contra o jogador ao mesmo tempo.

Eles parecem extremamente educados de início, mas depois a coisa fica mais difícil. No primeiro segmento, nenhum fantasma atacará Luigi enquanto ele estiver sugando outro, mas a coisa rapidamente complica, principalmente quando chegamos ao chefe final da demo, do qual falaremos mais adiante. Os desafios também aumentam gradativamente, com fantasmas usando escudos ou que apresentam diferentes velocidades de movimentação, fazendo com que cada sala apresente um obstáculo diferente, mesmo que utilizando os mesmos oponentes.

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A cada novo desafio o jogador aprende a lidar com as novas ferramentas de Luigi. Um desentupidor de pias com uma corda amarrada na ponta serve para arrancar os escudos dos fantasmas inimigos, enquanto uma luz negra revela passagens secretas. E caso a coisa fique caótica demais, sempre dá para usar a onda de choque, que afasta os oponentes e dá um pouco de espaço para manobra.

Um aspecto específico dos controles, entretanto, causa nó na cuca. Apesar de assumir uma visão lateral que remete aos tempos dos jogos side scrolling, Luigi’s Mansion 3 é essencialmente tridimensional, o que significa que o protagonista anda na direção para a qual o jogador apontar o analógico. O controle do Poltergust G-00, entretanto, não segue a mesma lógica, lembrando um pouco os velhos comandos “tanque” dos primeiros Resident Evil.

Apontar o analógico para a direita ou esquerda, então, não faz com que o protagonista aponte o aspirador para aquela direção, mas faz com que ele gire sobre o próprio eixo, também sendo capaz de mirar para cima ou para baixo. É possível usar o dispositivo enquanto anda, mas as diferentes orientações utilizadas nesse processo podem confundir um pouco as coisas, principalmente no combate contra grupos de fantasmas ou momentos em que é preciso disparar o desentupidor, com a exigência de um pouco mais de precisão.

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Sob a supervisão do pessoal presente no estande da Nintendo, não foi possível checar, nas opções, se havia a possibilidade de modificar essa orientação. Mesmo na curta demo, entretanto, deu para notar que um pouco de costume pode ajudar nesse sentido, apesar de a escolha por essa diferenciação ser um bocado questionável e incômoda.

Amoeba amiga

A principal adição de Luigi’s Mansion 3 é Gooigi. O personagem gosmento já deu as caras em títulos anteriores, mas agora assume posição central na jogabilidade não apenas por permitir um modo cooperativo, mas também por ter puzzles e enigmas criados especialmente para si. Ele pode ser colocado em ação a qualquer momento e, por mais que não possa abrir portas ou entrar em combate devido à energia baixa, é essencial para seguir em frente.

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Uma dessas possibilidades aparece logo na metade da demo, quando o acesso a um baú de tesouro e, depois, uma porta, só é possível para Gooigi, que pode passar no meio dos espinhos sem se machucar. Ele é vulnerável a água e fogo, mas também pode usar o aspirador de fantasmas, que aqui serve para completar puzzles que exigem a presença de parceiros. Mais uma vez, a demonstração é simples, com Gooigi mantendo uma armadilha desativada para que Luigi passe, mas também uma boa forma de mostrar como as coisas funcionam.

Há também um elemento de verticalidade envolvido na amostra, que é bem linear, ao contrário da proposta do game em si. Em Luigi’s Mansion 3, como nos anteriores, o jogador é livre para explorar os andares, mesmo que apenas um por vez, enquanto vai coletando itens, melhorando habilidades e enfrentando inimigos. Não existem sistemas de estágios nem de missões, com indicadores de caminho nem nada do tipo.

O objetivo final são os botões do elevador que dá acesso aos outros andares do hotel Last Resort e é um deles que conseguimos ao enfrentar o chefe final. Na arena, Luigi enfrenta um combate medieval diante de uma plateia de papelão contra um fantasma cujo cavalo é, igualmente, espectral, mas utiliza uma armadura de metal que enaltece o conjunto físico do título. É bonito de ver como ele vai se desmontando a cada golpe recebido, com peças que permanecem no chão ao longo de toda a luta.

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A batalha, claro, segue o clássico estilo que vem desde os primeiros jogos de Mario. É importante saber a hora certa de atacar e evitar os ataques, que podem vir tanto do próprio boss quanto de flechas que atravessam o cenário e outros fantasmas. Na medida em que vai perdendo as partes de sua armadura, o oponente também muda seu padrão ofensivo, mas nunca a forma pela qual recebe dano, sempre envolvendo o uso do desentupidor, aspirador e porrada.

É nesse último, inclusive, que o game aproveita para chamar a atenção para o belo visual. Em determinados momentos, a pancada que Luigi dá com o personagem no chão é exibida em close e câmera lenta, de forma a valorizar as partes de metal se espalhando pelo cenário e a expressão cartunesca dos personagens, que lembra um bom filme de animação. Ao contrário do que normalmente acontece, tais eventos roteirizados não marcam o fim do combate, e sim mudanças específicas de funcionamento da luta.

E, assim, Luigi consegue um botão do elevador ao qual nem mesmo temos acesso. Felizmente, não falta muito para a gente poder passear nele. Luigi’s Mansion 3 chega em 31 de outubro como mais um exclusivo de peso em um 2019 estrelado para o Nintendo Switch. Além da campanha e do modo cooperativo, o título também inclui opções multiplayer online, com um modo extra de minigames e desafios baseados em tempo.