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Prévia | De volta à BGS, Days Gone mostra potencial e centenas de zumbis

Por| 15 de Outubro de 2018 às 15h12

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Tudo sobre Sony

O retorno de Days Gone à BGS aconteceu em grande estilo, com o tipo de tratamento que a Sony costuma dar a seus exclusivos de peso — e um que, aliás, vinha faltando ao título da Bend Studios. Após uma demonstração bugada e à portas fechadas no evento de 2017, o título apareceu em 2018 de forma jogável a todo o público.

Era ele quem encarava o estande da Microsoft, do outro lado de uma das vias principais da Brasil Game Show 2018 e era nele que estavam algumas das maiores atenções do evento, apesar de presenças pesadas também no espaço da Sony, como Resident Evil 2 e Kingdom Hearts III. O espaço privilegiado, entretanto, tornou Days Gone um dos títulos mais visados da feira.

Eram duas demos disponíveis ao público e também à imprensa. A primeira, You Got a Death Wish, foi exibida pela primeira vez na E3 de 2018 e traz um trecho da própria história de Days Gone, com o protagonista, Deacon St. John, invadindo uma oficina mecânica com forte presença de criaturas para conseguir uma bomba de gasolina para sua moto.

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Na cutscene inicial, ele está com Boozer, que o tenta convencer a não fazer aqulo e entender porque tanta necessidade de consertar uma moto. O tal “desejo de morrer” que nomeia o título tem a ver justamente com isso e, também, com o fato de termos somente um veículo ao longo de todo o game e, provavelmente, algum tipo de ligação emocional a ele, de acordo com as imagens de Deacon e sua família, motorizados, que já vimos em diferentes imagens. Estamos falando de um motoqueiro cheio de coração, então?

Seja como for, Boozer segue fazendo barulho, atraindo as criaturas, conhecidas como Freakers, para longe. Isso libera o controle e nos coloca em uma área aberta, apenas com um minimapa e um indicador de objetivo. Sabemos que a bomba de gasolina está em um determinado local, mas como vamos chegar lá, é com o jogador.

No início, o jogador estar armado com uma pistola, escopeta e coquetel molotov. Nada de silenciadores, entretanto, mas por mais que as armas favoreçam a furtividade, a disposição dos monstros nos levam a isso. Afinal de contas, basta um som para ser percebido pelos Freakers, que têm a detestável tendência de atacar em hordas e se comunicarem para aumentarem os próprios números.

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No caminho até o objetivo, mais contato com elementos básicos de Days Gone, com itens sendo coletados para montagem de itens de cura e outros, como é tradicional em jogos de sobrevivência, e um medidor de som, que indica o quanto sua presença pode ser ouvida pelos monstros. Rapidamente, também, percebemos que as mortes furtivas são um bom caminho e, também, um bem sangrento e visceral.

Percebe-se, também, um alto nível de detalhes no cenário. Estamos na beira da estrada e o local se mostra exatamente como tal, com diversos carros destruídos, caminhões de gasolina vazios e bombas sem combustível algum, reflexo de uma corrida desesperada por locomoção durante os momentos iniciais da infecção. Estamos avançados nela, então, pouco restou, mas algumas zonas trancadas ainda podem conter itens importantes, incluindo aquele que nos traz até este lugar.

Não é possível quebrar vidros para invadir estas edificações, então nossa única alternativa é por cima, onde um buraco no teto garante a entrada na oficina. E se você conseguiu seguir até aqui sem ser notado, levará um susto com um Freaker sorrateiro, sozinho na parte de dentro, que o obrigará a atirar ou, se quiser ser mais discreto, utilizar armas de combate corpo a corpo. Ainda assim, todos em volta ficarão desconfiados e se aproximarão do lugar, mesmo que não possam entrar.

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Aqui, vale a pena uma nota em particular sobre os Freakers, a principal ameaça deste mundo. Não pelo fato de eles andarem curvados e terem uma aparência animalesca e visceral, mas por alguns deles parecerem crianças ou adolescentes. É um tipo de realismo do qual games de sobrevivência normalmente costumam desviar, pela violência das imagens, mas que a Bend Studios não parecer ter se sentido tímida em abordar.

Os monstros, inclusive, são aterrorizantes e rápidos. Ser visto por um deles exige ação ligeira, seja para escapar ou matar, pois tudo pode se transformar rapidamente em um caos quando nossa presença é percebida. No caminho para o item-chave, inclusive, há uma dupla deles no telhado da oficina, como se a nossa própria presença no topo de uma estrutura e em um ponto de destaque já não fosse vulnerável o bastante.

O apocalipse gera todo tipo de louco

Em uma frase que já é peculiar em games desta categoria, também, Days Gone mostra que as criaturas não são a única ameaça deste mundo, nem mesmo a mais poderosa. Enquanto estávamos em busca de uma peça para nossa moto, Boozer é capturado pelos Reapers, uma espécie de culto religioso cujos membros acreditam terem sido os escolhidos, pois sobreviveram ao apocalipse.

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Mais do que isso, eles têm uma ideia bem particular de limpeza e expiação de pecados. Tatuagens, por exemplo, são um símbolo de um passado que não existe mais, enquanto a maneira de purificar o espírito dos que restaram é por meio do maçarico e da dor. É uma cena violenta, daquelas que normalmente não vemos em um evento desse tipo.

Aqui, ainda é possível ser furtivo, mas são três deles contra Deacon. Entra em jogo mais um elemento de Days Gone, os combates contra humanos, menos resistentes a tiros e dor do que os monstros, mas também capazes de atirar de volta. Novamente, é feita uma escolha que, logo percebemos, não faz muita diferença assim pela maneira como a demonstração termina.

Por mais que tiros possam atrair os Freakers, matar os três cultistas e se aproximar de Boozer ativa mais uma cutscene, na qual escapamos de uma horda causada por todo o barulho e agitação. A versão até dá a impressão de que vamos poder controlar o veículo, mas termina com a dupla de personagens fugindo das criaturas. Quem sabe isso não esteja presente no game final?

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Um minuto para o fim do mundo

A segunda demonstração, Keep Them Safe, é mais ou menos como um sandbox. Mais curta, ela serve para que a gente dê uma olhada nas armas, equipamentos e habilidades de combate tanto de Deacon quanto dos Freakers. E é nela, também, que vemos em ação um dos principais elementos de Days Gone, as grandes ondas de monstros que atacam simultaneamente.

Estamos de moto e diante de um descampado, com um buraco no meio onde estão centenas deles. Basta um som qualquer, uma explosão ou tiro, para que todos saiam simultaneamente de lá e corram na direção do protagonista, que pode fugir, mas não se esconder. As armas têm efeito realista e munição limitada, então nem mesmo granadas são capazes de conter a fúria visceral dos principais inimigos do título. E uma vez que eles alcançam o protagonista, há pouco que possa ser feito a não ser assistir ao show de horrores.

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O resultado é aterrorizante e assustador, mas ao mesmo tempo, cobra seu preço em termos de performance. O desempenho gráfico de Days Gone durante toda a demonstração é estável, apesar de quedas na taxa de quadros por segundo acontecerem, estranhamente, durante as cutscenes. Isso também acontece durante o ataque das hordas, devido à quantidade de elementos agindo ao mesmo tempo na tela.

Nos nossos testes, inclusive, o game chegou a travar durante um destes ataques, obrigando os atendentes do estande da Sony a reinicializarem a demo. A baixa no frame rate também dificulta um pouco o combate, principalmente quando os Freakers se aproximam de nós, causando atraso nos controles e uma dificuldade em reagir e mirar.

Vamos confiar que, até o lançamento, tais questões serão resolvidas e que os problemas vistos durante a Brasil Game Show 2018 são fruto de um título ainda em desenvolvimento e, sendo assim, pouco otimizado. Falta pouco, entretanto, para sabermos a verdade, pois Days Gone chega em 22 de fevereiro do ano que vem, exclusivamente para o PlayStation 4.