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WhatsApp também quer lutar contra a distribuição de notícias falsas

Por| 22 de Agosto de 2017 às 12h24

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WhatsApp também quer lutar contra a distribuição de notícias falsas
WhatsApp também quer lutar contra a distribuição de notícias falsas
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Assim como o Facebook, o WhatsApp também se tornou um campo aberto para o compartilhamento de notícias falsas e links alarmistas. A própria empresa sabe disso e se diz disposta a lutar contra a proliferação de fake news no mensageiro. Entretanto, isso é mais fácil dito do que efetivamente realizado, devido às características de segurança e privacidade do software.

É o que explica Alan Kao, engenheiro de software do WhatsApp. Segundo ele, a criptografia pesada aplicada a todas as mensagens trocadas entre os usuários significa que nem mesmo a própria empresa é capaz de ler as comunicações. Isso significa, também, que não é possível averiguar o conteúdo dos links trocados nas conversas e grupos.

Além disso, entra em jogo uma outra questão: como determinar se uma informação disseminada é falsa ou não, principalmente quando se fala de um sistema que permite mensagens em tempo real? De que forma a empresa poderia saber – ou até mesmo os próprios usuários – que aquele contato que diz estar no centro de um grande protesto ou qualquer tipo de acontecimento efetivamente está falando a verdade?

É uma situação que Kao define como “extremamente complexa” e para a qual, pelo menos em suas declarações, ele não apresentou uma solução. E, quando se para pensar, realmente fica difícil chegar a uma solução, uma vez que o WhatsApp também é um sistema fechado, não contando, por exemplo, com links relacionados e outros recursos que poderiam apontar os usuários na direção certa, rumo a fontes confiáveis.

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Por outro lado, é algo no que a empresa precisa pensar, principalmente diante dos dados que indicam o WhatsApp como a principal fonte de notícias da população conectada em alguns países. O aplicativo é citado como um bom local para se obter informações, inclusive no Brasil, onde 46% de seus usuários afirmaram se informar por meio de grupos ou links compartilhados no mensageiro - algo que é muito perigoso.

A iniciativa de combate às fake news também é um dos pontos principais da estratégia atual do Facebook, que encontrou indícios claros de manipulação do público nas recentes eleições presidenciais nos Estados Unidos e França. Para combater o problema, a rede social está usando de diferentes artifícios, que vão desde a indicação de links relacionados, de sites reconhecidos, até iniciativas de efetiva checagem de fatos.

Fonte: Ubergizmo