WhatsApp alega que "a polícia prendeu alguém com base em dados que não existem"
Por Douglas Ciriaco | 01 de Março de 2016 às 15h13
O WhatsApp se posicionou há pouco a respeito da prisão do vice-presidente do Facebook para a América do Sul, Diego Jorge Dzodan, nesta terça-feira (1). Como o Facebook é o controlador do WhatsApp, companhia que não tem representação no Brasil, o executivo foi detido após o descumprimento de uma ordem da Justiça da cidade de Lagarto, Sergipe. Como o Facebook já havia alegado, o WhatsApp afirma ser uma operação independente da rede social e classifica a prisão “de um empregado de outra empresa” como “um passo extremo e injustificado".
Sobre a acusação de não colaborar com a Justiça, o WhatsApp se defende alegando que nenhum dado transmitido em conversas de seus usuários fica armazenado pela companhia. “Estamos desapontados pela justiça ter tomado esta medida extrema. O WhatsApp não pode fornecer informações que não tem. Nós cooperamos com toda nossa capacidade neste caso, e enquanto respeitamos o trabalho importante da aplicação da lei, nós discordamos fortemente desta decisão.”
A ordem inicial emitida pela Justiça do Sergipe em dezembro de 2015 solicitava ao Facebook nomes de usuários relacionados a uma conta do WhatsApp. Porém, os responsáveis pelo mensageiro alegam que as mensagens ficam sob sua posse apenas temporariamente, até que sejam recebidas pelo destinatário. A partir deste momento, apenas quem enviou e quem recebeu algo é que possui tais informações, impossibilitando a colaboração com as investigações.
“Isso significa que a polícia prendeu alguém com base em dados que não existem. Não podemos fornecer informações que não temos”, diz a nota divulgada à imprensa. A empresa informa ainda que seu sistema de criptografia garante que ninguém, nem ela nem criminosos virtuais, possam interceptar mensagens trocadas por meio do aplicativo.
Com informações da Folha de S.Paulo