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Uber chega oficialmente a Salvador e prefeitura diz que irá apreender veículos

Por| 08 de Abril de 2016 às 12h00

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Divulgação
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Atenção leitores de Salvador: o Uber anunciou o início de suas operações na capital baiana. O serviço já está disponível desde a quinta-feira (7), tornando a cidade o 10º município brasileiro a contar com o aplicativo de transporte particular.

A modalidade trazida para a capital é o UberX, que funciona com carros mais compactos, sem os tradicionais modelos pretos. Segundo a empresa, nessa versão, os automóveis podem ser de qualquer cor, mas precisam atender alguns requisitos obrigatórios, como ar condicionado, quatro portas e ter sido fabricados até o ano de 2008.

Em relação ao valor da taxa, o usuário em Salvador vai pagar um valor inicial de R$ 2,50, mais R$ 1,21 por quilômetro rodado e uma tarifa de R$ 0,20 por minuto. Para efeito de comparação, nos táxis convencionais da cidade, o preço da bandeirada é de R$ 4,81, sendo que a bandeira 1 custa R$ 2,42 por km rodado e a bandeira 2 sai por R$ 3,38. O pagamento também é feito com cartão de crédito.

Desde março, a companhia aceitou cadastros de motoristas interessados em trabalhar com o aplicativo. Eles precisam ter carteira de habilitação especial para quem exerce atividade remunerada, além de passar por uma verificação de antecedentes criminais.

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O Uber hoje está presente em mais de 400 cidades de 70 países. No Brasil, a empresa já atua com mais de 10 mil condutores em Brasília, Belo Horizonte, Campinas, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.

Funcionamento

Segundo o G1, o primeiro dia de operações do Uber em Salvador foi marcado pela indisponibilidade de veículos. Desde às 15h00 – uma hora depois que o serviço entrou em atividade – de ontem, o app exibia uma mensagem de que não havia carros disponíveis na região.

Letícia Mazon, gerente de comunicação do Uber, justificou o problema ao dizer que ainda há um número pequeno de carros cadastrados na ferramenta. "Nesse começo, ainda tem poucos carros cadastrados na plataforma. Principalmente nessas primeiras horas pode ser que haja uma dificuldade de encontrar carros disponíveis na cidade", disse.

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Protestos

Assim como em outras capitais, a chegada do Uber em Salvador também foi marcada por protestos de taxistas, que são contra as atividades do aplicativo na cidade. O diretor do sindicato da categoria na capital, Antônio Cruz Melo, diz que o serviço prejudica os trabalhadores, entre outros motivos, por cobrar mais barato que os táxis.

"Somos totalmente contrários, porque só prejudica a gente. Eles não pagam nenhum imposto. Já conversamos com a prefeitura, e o prefeito já garantiu que não vai liberar esse serviço. Os carros deles são melhores do que o nosso e, além disso, o preço cobrado por eles é inferior em 50%, o que nos prejudica. Por outro lado, não são vistoriados e os passageiros não têm nenhuma segurança", disse.

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O secretário municipal de Mobilidade Urbana de Salvador, Fábio Mota, disse que o serviço oferecido pelo Uber é clandestino e que a prefeitura vai apreender veículos de motoristas flagrados trabalhando para a empresa. Além disso, os condutores poderão ser multados. ACM Neto, prefeito de Salvador, também se mostrou contra a atuação do Uber na cidade.

Segundo Mota, a prefeitura está com uma equipe pronta para fiscalizar, pois "o Uber é considerado um transporte clandestino e será combatido como outros transportes clandestinos que atuam em Salvador".

O diretor de comunicação do Uber, Fabio Sabba, argumenta que a empresa está de acordo com a política nacional de mobilidade urbana e que o serviço oferecido é diferente do que é prestado pelos taxistas. Sabba também destacou que a proposta do Uber é ser uma alternativa ao uso do carro particular pelas pessoas, e que, por este motivo, não é uma modalidade clandestina de transporte.

"Seria clandestino se fosse um tipo de serviço que faz a mesma coisa que um táxi faz. São serviços distintos. A gente tem um time de políticas públicas que conversa com todas as esferas de poder, tanto municipal, estadual, federal. Esse serviço é 100% legal, porque tem respaldo numa lei federal", declarou. "Não se tem ainda uma regulação específica para o transporte individual privado, mas é como se fosse um motorista particular que você tem. O que o Uber faz é conectar esse motorista particular com o usuário por meio de tecnologia"..

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Fontes: Uber (Twitter), G1 (1, 2), A Tarde, Correio 24 Horas, Metro 1