Senadores dos EUA exigem mais detalhes sobre privacidade do Messenger Kids
Por Patricia Gnipper | 08 de Dezembro de 2017 às 08h34
Há alguns dias, o Facebook anunciou o lançamento do Messenger Kids, versão infantil de seu mensageiro, com controle parental. Agora, membros do Congresso dos Estados Unidos querem que a rede social dê mais informações quanto à privacidade do serviço, questionando se a empresa de Mark Zuckerberg estaria obtendo dados das crianças usuárias do app, e com qual objetivo.
O novo app é voltado para menores de 12 anos se comunicarem com amigos e parentes de maneira segura, sem se exporem às vulnerabilidades que a rede social pode oferecer para crianças. Com o app, os pais podem monitorar as conversas de seus filhos, por exemplo.
Contudo, para os senadores democratas Ed Markey e Richard Blumenthal, o Messenger Kids "tem potencial para fornecer um espaço seguro para crianças no mundo digital, só que isso aumenta as preocupações com relação a segurança e privacidade" dos menores. Por isso, agora eles estão exigindo que o Facebook explique, em detalhes, como exatamente funciona o aplicativo por baixo dos panos.
Essa exigência foi enviada oficialmente à companhia de Zuckerberg na quarta-feira (6), pedindo que a rede social esclareça questões como o uso de dados das crianças para possivelmente direcionar publicidade, ou qualquer outra ação do tipo, que acontece na rede social liberada para maiores de 13 anos. A dupla de senadores também questionou se o Facebook coletará e armazenará informações de localização dos usuários mirins.
Além disso, outra preocupação dos senadores é quanto a links compartilhados no Messenger Kids, para evitar que conteúdos impróprios para menores sejam obtidos por ali, como sites pornográficos, por exemplo. "Nós achamos legal a iniciativa do Facebook de proteger essa população vulnerável ao incluir controles parentais, estabelecer um ambiente livre de anúncios e restringir alguma coleta de dados, mas permanecemos preocupados quanto à coleta de informações sensíveis, que poderiam ser usadas com outros propósitos", declarou a dupla do Congresso.
Um porta-voz do Facebook confirmou o recebimento do documento elaborado pelos senadores, mas a empresa ainda não respondeu nada oficialmente a respeito.
Fonte: ReCode