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Motorista do Uber é preso após matar passageiro nos EUA

Por| 04 de Junho de 2018 às 10h51

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Um motorista do Uber foi preso na cidade de Denver, nos Estados Unidos, acusado de atirar e matar um homem. Michael Andre Hancock, de 29 anos, teria disparado contra o cliente do serviço de transportes, Hyun Kim, de 45 anos, durante uma corrida, na qual o condutor afirma ter sido atacado pelo passageiro.

O disparo, na versão do acusado, aconteceu em legítima defesa e teria levado a uma colisão em uma autoestrada de Denver. Na sequência, Hancock teria solicitado ajuda a terceiros para chamar socorro e chegou a se identificar para policiais pelo telefone. Com a chegada das autoridades, entretanto, ele passou mal ao ser algemado e ter sua arma, uma pistola semiautomática, levada pelos oficiais que fazem parte da investigação.

Após ser levado a um hospital devido a problemas respiratórios, Hancock foi conduzido à prisão, onde permanece detido. O caso aconteceu na última sexta-feira (01) e no sábado (02) um juiz local determinou que o homem deverá ficar preso, sem possibilidade de pagamento de fiança, até que as investigações do assassinato em primeiro grau cheguem às primeiras conclusões.

Apesar de ter colaborado na chamada de socorro, pesou contra o motorista o fato de ele ter se recusado a falar com os policiais no momento do crime, exigindo a presença de advogados. Além disso, o número de tiros realizados não condiz com a afirmação de legítima defesa. Segundo a polícia, 10 cartuchos foram encontrados no carro e nos arredores, com Kim tendo sido atingido “múltiplas vezes”. Entretanto, Hancock não possui antecedentes criminais e em seus registros só foram encontradas algumas multas de trânsito.

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Em entrevista a uma rede local de televisão, a família do atirador disse não acreditar que ele tenha feito algo de errado. De acordo com o pai de Hancock, também chamado Michael Hancock, ele tem mulher e dois filhos e frequenta e universidade, além de realizar trabalho voluntário em um abrigo para menores infratores.

Já a Uber, em declaração oficial, disse lamentar o ocorrido e confirmou estar colaborando com as autoridades na investigação do caso. A empresa disse ter banido Hancock do aplicativo por ele ter infringido uma de suas normas, que proíbe motoristas de dirigirem portando armas, mesmo nos estados em que a posse desse tipo de artigo é legal. O mesmo, inclusive, também vale para passageiros.

A polícia segue investigando o caso e, apesar de ter Hancock preso, ainda não o acusou formalmente de assassinato ou qualquer outro tipo de crime. As autoridades também não revelaram a linha que está sendo usada para determinar se o motorista foi ou não atacado, ou se sua reação foi proporcional a tal fato.

Fonte: CBS Baltimore