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Google vai restringir acesso de aplicativos ao conteúdo do seu dispositivo

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 05 de Abril de 2021 às 15h50

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sagesolar/CC
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O Google anunciou uma novidade na Central de Política para Desenvolvedores para garantir mais privacidade. Os aplicativos em geral não conseguirão saber quais outros apps estão instalados no celular ou tablet Android. A nova política começa a vigorar no dia 5 de maio.

Ao instalar um aplicativo no celular, ele obtém acesso a dados do telefone. Alguns solicitam acessos extras ao usuário, de forma manual ou automática, para funcionarem corretamente. Até agora, o comando de acesso à lista de instalados poderia ser executado por qualquer app enquadrado nos requisitos, mas, futuramente, estará disponível apenas quando a funcionalidade principal do programa estiver atrelada a outro, como no caso de complementos ou utilitários.

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A ideia é evitar o vazamento dessas informações, ditas como “privilegiadas” do usuário, e o seu uso indiscriminado por desenvolvedores. Existe uma permissão chamada QUERY_ALL_PACKAGES, que pode ser solicitada por API de nível 30 ou superior, para consultar uma lista de softwares instalados no dispositivo. Os desenvolvedores precisarão remeter ao Google evidências razoáveis que comprovem a necessidade deste acesso. Quem não conseguir justificar adequadamente terá seu aplicativo removido da Play Store e pode ser penalizado.

Essa permissão é bastante utilizada por antivírus, navegadores e gerenciadores de arquivos, mas também pode ser empregada por apps para enviar publicidade direcionada ou maliciosa. Se um aplicativo de chat souber que o usuário usa seu concorrente, por exemplo, ele poderia enviar propagandas em apps de terceiros para convencê-lo a trocar. Softwares bancários ou carteiras digitais também podem usar essa funcionalidade para checar se não existe algum malware rodando em segundo plano, o que poderia facilitar o roubo de informações.

Fecho ao cerco da publicidade maliciosa

A partir de novembro de 2021, todos os novos aplicativos enviados para a loja virtual deverão ser direcionados ao Android 11 ou superior. Eles podem até ser compatíveis com versões anteriores, mas devem ser construídos tendo como base o sistema mais recente. O objetivo é evitar atividades maliciosas desencadeadas por brechas em sistemas operacionais mais antigos — muitos apps usam das vulnerabilidades para roubar dados ou infectar aparelhos.

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O Google já exige há algum tempo a assinatura de um formulário de declaração antes da publicação no Google Play por desenvolvedores cujos programas exigem acesso aos SMS ou registro de chamadas de um aparelho. Isso faz com que eles se responsabilizem em caso de uso indevido ou vazamento de informações pessoais.

É possível também restringir a interação de apps com o Facebook ou outras plataformas de mídia social. Nestes casos, os desenvolvedores precisam fornecer opções adicionais para login, como a possibilidade de criar um perfil em seu próprio site.

Agora, esta nova etapa promete aumentar ainda mais o rigor com a privacidade do usuário. Com as constantes notícias de vazamento e uso indevido de dados, têm crescido a preocupação com a segurança das informações online.

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O que você acha da medida? Concorda com o Google ou acha que os desenvolvedores podem ser prejudicados? Comente.

Fonte: TechExplore