Feito para navegadores, Skype for Web não funciona no Safari nem no Firefox
Por Rafael Arbulu | 11 de Março de 2019 às 09h39
Os navegadores Opera, Safari e Firefox não têm — e nem deverão ter — compatibilidade com a nova versão do Skype for Web, o cliente para navegadores que dá acesso ao serviço de mensagens e chamadas da Microsoftlançado na última quinta-feira (7). A confirmação veio da própria empresa, que também alegou que não há previsão de quando isso será alterado.
A razão oferecida pela Microsoft para o não funcionamento da aplicação nos navegadores mencionados é a de que o Skype for Web é majoritariamente dependente de uma “tecnologia de chamada em tempo real” que é implementada pelos navegadores de maneiras diferentes entre si. Embora não tenha citado nomes, é provável que a Microsoft refira-se ao recurso WebRTC, uma tecnologia open source que dá aos navegadores suporte a ligações em tempo real. É válido citar aqui: o Messenger e o WhatsApp, ambos do Facebook, não têm suporte a chamadas de vídeo e áudio no Safari pelo mesmo motivo.
O Skype for Web funciona plenamente no Google Chrome, Microsoft Edge e alguns outros como o Vivaldi. De acordo com um porta-voz da Microsoft, isso se dá devido a esses navegadores serem desenvolvidos com base na engine Chromium — o que exclui outros browsers. Falando à imprensa norte-americana, a empresa justificou a decisão referindo-se ao que chamou de “valor do consumidor”, provavelmente referindo-se à base de usuários do Edge e Chrome. Mais além, apenas dois sistemas operacionais rodam o client web do Skype: Windows 10 e Mac OS X 10.12 ou superior.
A Microsoft já vinha alertando usuários desde fevereiro deste ano que eles deveriam utilizar o Skype for Web apenas no Edge ou Chrome, citando a engine de desenvolvimento como razão. Contudo, a mudança pegou muitos de surpresa, haja vista que não houve informação de quando isso aconteceria. Diversos usuários de outros navegadores reportaram a incompatibilidade nos fóruns oficiais da empresa.
A Microsoft não ofereceu comentários adicionais sobre a situação.
Fonte: Venture Beat