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Facebook diz acreditar "piamente" na criptografia do WhatsApp

Por| 06 de Setembro de 2018 às 10h39

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Facebook diz acreditar "piamente" na criptografia do WhatsApp
Facebook diz acreditar "piamente" na criptografia do WhatsApp
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Desde esta quarta-feira (5), o Comitê de Inteligência do Senado dos Estados Unidos questiona diversas empresas sobre temas variados. Desta vez, a COO do Facebook, Sheryl Sandberg, sentou-se à bancada para responder a perguntas relacionadas ao boato de que o Facebook estaria considerando reduzir o nível de proteção do WhatsApp em favor de gerar receitas vindas de anúncios.

“Nós acreditamos piamente na criptografia [do WhatsApp]”, disse Sandberg ao Comitê. “Ela ajuda a manter as pessoas seguras, é o que assegura nossos sistemas bancários, a segurança de mensagens privadas, e os consumidores confiam nela e dependem dela”. Questionada, então, se o WhatsApp ainda usa criptografia de ponta a ponta, ela disse que “acredita que sim”, mas que notificaria o Comitê se isso mudasse no futuro.

O WhatsApp utiliza criptografia de ponta a ponta para proteger a privacidade do conteúdo compartilhado por cerca de 1,5 bilhão de usuários espalhados pelo mundo. Basicamente, as chaves criptografadas ficam armazenadas dentro dos dispositivos que enviam e recebem as mensagens, inacessíveis ao provedor do serviço. Grosso modo, isso significa que o Facebook — dona do WhatsApp desde 2014, quando adquiriu a companhia por US$ 19 bilhões — sabe que as mensagens foram trocadas, mas não sabe dizer sobre o que elas falavam.

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O Comitê de Inteligência do Senado questionou a executiva do Facebook devido a uma reportagem feita pelo Wall Street Journal, que, segundo suas fontes, apontava para uma disputa interna entre o Facebook (atuais donos) e os cofundadores do WhatsApp (o ex-Yahoo Brian Acton e Jan Koum). De um lado, a rede social queria mais flexibilidade na proteção aos dados dos usuários a fim de viabilizar novas possibilidades de negócios. Do outro, Acton e Koum eram irredutíveis no que tangia a assegurar a privacidade e proteção de seus consumidores. A discussão fez com que Brian Acton deixasse a empresa em seguida. Sheryl Sandberg foi figura importante nessa discussão, que também contou com a participação direta de Mark Zuckerberg.

Fonte: Motherboard; Wall Street Journal