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Em testes, Uber permite que motoristas escolham os valores das corridas

Por| 22 de Janeiro de 2020 às 10h07

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O Uber começou a testar nesta semana um sistema para permitir que seus motoristas ajustem individualmente os preços das corridas. O experimento acontece em nas cidades de Santa Barbara, Palm Springs e Sacramento, todas na Califórnia (EUA), com os parceiros podendo ajustar os valores de corridas até os aeroportos dos municípios, da maneira que quiserem até um limite de cinco vezes o total indicado pelo aplicativo.

Na próxima semana, o teste será expandido para que, nas mesmas cidades, os motoristas também possam reduzir os valores das corridas nos momentos de tarifa dinâmica. Quando há demanda, os preços praticados pelo Uber crescem, com a ideia de ajuste individual sendo uma maneira de aumentar a quantidade de passageiros, caso o parceiro deseje trocar um ganho um pouco mais alto por maior frequência.

Acima de tudo isso, as medidas funcionam como uma maneira de reduzir a ideia de que motoristas possuem vínculo empregatício com a Uber. Oficialmente, a empresa afirma que a ideia é dar a eles mais controle sobre tarifas e valores recebidos, mas nos bastidores, obviamente, o objetivo é dar mais condições de gerenciamento da própria jornada de trabalho e passar a impressão de que todos são independentes, pelo fato de cada um poder indicar seu próprio valor.

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Nesta etapa inicial, segundo a empresa, apenas corridas que tenham os aeroportos das três cidades como origem ou destino podem ter seus valores manipulados. Além disso, limites e sistemas de configuração não representam a versão final do que a Uber afirma serem melhores ferramentas para controle da jornada de trabalho dos motoristas, com as ideias evoluindo e se modificando na medida em que a companhia vai recebendo o feedback dos parceiros.

A discussão sobre a existência ou não de vínculo empregatício entre Uber e motoristas chegou a um determinante em dezembro, quando o governador da Califórnia assinou uma lei que obriga empresas do tipo a contratarem seus funcionários e darem a eles benefícios como plano de saúde, licenças e seguro-desemprego. A companhia disputa a norma judicialmente e afirma que ela não se aplica a seu caso, pois se categoriza como uma empresa de tecnologia e não de transportes.

Além disso, a Uber e outros nomes envolvidos na polêmica afirmam que a nova lei é inconstitucional e vai contra os interesses da população. Para as empresas, a contratação de colaboradores como funcionários pode entrar no caminho da liberdade do trabalho exercido, com muitos dos parceiros realizando corridas ou entregas no tempo livre ou como forma de obter uma renda extra, sem o desejo de pagarem tributos ou serem efetivados.

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Outras mudanças no sistema do Uber incluem também um retorno do sistema de estimativas de preços de corridas, como forma de levar em conta condições de trânsito, caminhos e distância percorrida. Em alguns casos, afirma a empresa, usuários poderão ver uma previsão do preço final ao contrário do que acontece hoje, com um preço fixo sendo determinado. O valor total é cobrado apenas ao final da viagem.

Fonte: Reuters