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Atualizar WhatsApp é principal medida para se proteger de ataque hacker

Por| 14 de Maio de 2019 às 10h54

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Whatsapp/ Divulgação
Whatsapp/ Divulgação
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A descoberta de um ataque hacker contra usuários do WhatsApp deixou muita gente em polvorosa neste começo de semana, mas a boa notícia é que uma solução já está disponível e é fácil de ser aplicada. A todos que têm o aplicativo no iOS e Android, a indicação essencial é que o aplicativo seja atualizado o mais rápido possível, uma vez que a brecha que permitia a exploração por meio das chamadas de voz não está mais disponível na versão mais recente do software.

A correção foi liberada na última sexta-feira (10), antes mesmo que a falha fosse revelada ao mundo. As informações preliminares falam sobre uma brecha que estava aberta há pelo menos algumas semanas no sistema de chamadas por voz, que, mesmo quando não atendidas, permitiam a execução de códigos maliciosos e o envio de pacotes ao telefone, com a instalação de uma ferramenta de espionagem. No pior de tudo, a chamada que originou a invasão poderia ser deletada dos registros, com a vítima nem mesmo podendo saber se foi atingida ou não.

Por isso, e mesmo com a ideia de se tratar de ataques com alvos direcionados e de perfis bem específicos, a recomendação a todos é que realizem a atualização do WhatsApp imediatamente. Em comunicado, a empresa não falou em número de atingidos, mas o definiu como “seleto”. A ideia é que se trata de um golpe com fins políticos, uma vez que representantes da Anistia Internacional estão na mira. A organização foi a única a vir a público para afirmar ter sido alvo da espionagem.

E é aí que a coisa se complica um pouco, com o jornal Financial Times, o primeiro a revelar a existência da brecha, antes mesmo de um pronunciamento pelo WhatsApp, apontando o dedo para o Grupo NSO. A empresa israelense é especializada na criação de softwares de espionagem, que são vendidos a governos e agências de segurança. Seria ela, por exemplo, o nome por trás do Pegasus, um dos maiores e mais eficazes spywares para iOS e Android, revelado inicialmente por companhias de segurança da informação em 2017 e ainda na ativa em diferentes variações voltadas para interceptar e roubar dados em celulares.

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A NSO negou envolvimento no ataque ao WhatsApp, afirmando que seu único objetivo é combater o terrorismo e o crime. Além disso, em comunicado oficial, a empresa disse não operar diretamente seus próprios softwares, que são fornecidos a agências de segurança após um rigoroso processo de seleção que envolve, inclusive, a análise dos objetivos de cada instituição, de forma a garantir que as tecnologias não sejam usadas para espionar indivíduos ou agir às margens da lei.

Por outro lado, a própria Anistia Internacional emitiu um alerta a políticos, ativistas e jornalistas quanto ao uso deste conjunto de soluções para fins políticos. Indivíduos de interesse estariam sendo rastreados por meio de tais produtos e teriam suas informações interceptadas sem que percebessem, com a NSO fazendo vista grossa. Nesta terça (14), a organização vai fazer um pedido ao governo de Israel para que a licença de exportação de software da empresa de segurança seja revogada.

Como atualizar o WhatsApp

No iOS

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Clique no ícone da App Store, na home do dispositivo e, na barra inferior, procure a opção "Atualizações". Na parte superior da tela, toque em “Atualizar tudo” para fazer com que não apenas o WhatsApp tenha sua última versão baixada para o aparelho, mas todos os outros aplicativos instalados.

Para garantir que o WhatsApp está atualizado para a última versão, procure pelo aplicativo na lista. Caso, ao lado dele, esteja disponível a opção “Abrir”, o aplicativo está em dia e você não precisa mais se preocupar com a falha revelada nesta semana.

No Android

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Abra o aplicativo da loja Google Play e, no menu hambúrguer, selecione a opção “Meus apps e jogos”. Toque no botão “Atualize todos” para aplicar updates a todos os aplicativos instalados no celular de uma única vez.

Caso queira se certificar de que o WhatsApp está rodando sua última versão, acesse a página do mensageiro na loja Google Play. Caso o botão verde diga “Abrir”, o app está atualizado e livre da brecha de segurança no sistema de chamadas de voz.

Fonte: Folha de S.Paulo, Financial Times