Apps do Facebook respondem por cerca de um terço do tempo gasto com celulares
Por Carlos Dias Ferreira | 28 de Agosto de 2018 às 17h44
Caso se considere o período consumido por um usuário padrão de plataformas mobile entre os 100 aplicativos mais populares da atualidade, pelo menos um terço desse tempo é ocupado por aplicações que levam a assinatura do Facebook. Em outros termos, pelo menos 32 de cada 100 minutos gastos com os referidos softwares são despendidos com o WhatsApp, com o Messenger ou mesmo com o próprio Facebook.
Os dados são da companhia de análise mobile Apptopia – divulgados pelo Business Insider –, e certamente servem para colocar em perspectiva a declaração dada por Mark Zuckerberg diante do congresso estadunidense. Quando questionado, o empresário afirmou que o Facebook não poderia representar um monopólio, já que “o americano típico utiliza oito app diferentes para se comunicar com os seus amigos”.
Seja como for, um terço do tempo consumido por aplicações de uma única empresa ainda é, sem dúvida, muito tempo. De fato, mesmo os aplicativos do onipresente Google – com programas como YouTube, Gmail e Google Maps – respondem por “apenas” 22% desse período mobile.
Mais de 300 bilhões de horas em três meses
É verdade que as proporções de ambas as companhias caem sensivelmente quando se considera os 500 aplicativos mais populares, passando a representar 20% (Facebook) e 14% (Google); mas ainda é uma bela margem. Em termos menos relativos, o tempo total gasto pelos usuários em aplicações do Facebook entre os meses de maio e julho, por exemplo, foi de 300 bilhões de horas. No caso da Google, foram 118 bilhões de horas.
Conforme coloca a Apptopia, os resultados servem para mostrar o quão entranhadas estão as aplicações da Facebook no cotidiano digital das pessoas – ainda que a companhia de Zuckerberg jamais tenha desenvolvido plataformas físicas ou mesmo sistemas operacionais próprios.
A despeito de questionamentos morais, também é preciso reconhecer a assertividade de Zuckerberg em sua estratégia de arrebanhar startups e lançar aplicativos independentes – mesmo em casos curiosos, como o do Messenger. Senão, basta lembrar que o Instagram, por exemplo, foi adquirido em 2012 pela bagatela de US$ 1 bilhão e hoje vale pelo menos 100 vezes mais. Enquanto isso, outra aquisição, o WhatsApp, foi utilizada por 85 bilhões de horas apenas nos três meses considerados pela Apptopia – ainda que tenha custado a quantia mais substancial de US$ 19 bilhões.
Os 10 apps mais populares
De acordo com a Apptopia, os dados contabilizados excluem lojas de aplicativos não oficiais, incluindo as app stores utilizadas na China (onde a Google Play não está disponível). Os resultados também surgiram de uma combinação de “mais de 250 mil desenvolvedores de aplictivos” e de “centenas de milhões de utilizadores de aparelhos [celulares, tablets e afins].” Os dados também serviram para mostrar quais são os 10 aplicativos mais populares da atualidade. Confira abaixo.
Fonte: Business Insider