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Apple usa App Store como "arma contra competidores", acusa ex-funcionário

Por| 15 de Outubro de 2020 às 16h00

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Sara Kurfeß/Unsplash
Sara Kurfeß/Unsplash
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A Apple usa as regras de aprovação de aplicativos na App Store de maneira “arbitrária” e “discutível”, segundo o ex-chefe da loja de aplicativos do ecossistema da Maçã Phil Shoemaker. Em um relato à comissão antitruste do Congresso dos Estados Unidos, o ex-executivo acusou a Maçã de fazer da plataforma uma “arma contra seus competidores”.

Shoemaker alegou que as regras da Apple não são de fato usadas para proteger os usuários, mas sim para controlar competidores. Como exemplos, foram citados o Xbox Game Pass e o Google Stadia, que jamais conseguiram autorização para entrar na App Store pois seriam concorrentes de peso para o Apple Arcade.

“O serviço de jogo Apple Arcade é um tipo de aplicativo que foi ‘consistentemente desaprovado da loja’ quando oferecido por desenvolvedores terceiros, mas a Apple aprovou seu próprio app ‘mesmo que ele viole diretrizes existentes da App Store’”, afirmou Shoemaker, de acordo com o relatório do Congresso.

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Para o caso de você não saber do que se tratam esses serviços, são plataformas de streaming de jogos estilo Netflix nas quais o usuário pode baixar games disponíveis dentro de uma assinatura mensal e para jogar no celular, computador ou mesmo no console, , no caso do Xbox Game Pass.

A Apple justificou que essas plataformas causariam problemas de verificação e liberação de cada game disponibilizado, por isso não libera os serviços de Microsoft ou Google. “A App Store foi criada para ser um lugar seguro e confiável para consumidores descobrirem e baixarem aplicativos, e é uma grande oportunidade de negócios para desenvolvedores”, defendeu um porta-voz da empresa em conversa com o site Business Insider.

“Antes de chegarem a nossa loja, todos os aplicativos são revisados seguindo as mesmas diretrizes que existem para proteger nossos consumidores e fornecer um campo de jogo justo e nivelado para os desenvolvedores”, explicou o porta-voz.

Diferente de um serviço de mídias

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No caso das plataformas que disponibilizam jogos, a Apple defende que existe a necessidade de revisão de cada título porque há interação direta entre o conteúdo e o usuário. É diferente de serviços como Netflix e Spotify, em que só é possível reproduzir um filme ou música, que não precisaria ser revisado pela loja.

Além disso, a empresa argumenta que não há compras dentro dos filmes ou músicas como potencialmente haveria em jogos de uma plataforma como Xbox Game Pass e Stadia. Por fim, em um comunicado enviado em resposta ao relato de Shoemaker ao Congresso, a companhia defendeu que “não possui fatia de mercado dominante em nenhuma categoria em que fazemos negócios.

Leia a nota da Apple na íntegra:

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Nós sempre afirmamos que o escrutínio é razoável e apropriado, mas discordamos veementemente das conclusões alcançadas a partir desse relato de um funcionário a respeito da Apple. Nossa companhia não tem fatia de mercado dominante em nenhuma categoria na qual fazemos negócios. Desde o início, há 12 anos, com apenas 500 aplicativos, construímos a App Store para ser um lugar seguro e confiável para os usuários descobrirem e baixarem apps e uma forma de suporte para os desenvolvedores criarem e venderem apps globalmente. Hospedando cerca de dois milhões de aplicativos hoje, a App Store cumpriu essa promessa e atende aos mais altos padrões de privacidade, segurança e qualidade. A App Store abriu novos mercados, novos serviços e novos produtos que eram inimagináveis há 12 anos, e os desenvolvedores foram os principais beneficiários desse ecossistema. No ano passado, a App Store faturou US$ 138 bilhões só nos EUA, dos quais 85% ficaram com desenvolvedores terceiros. A taxa de comissão da Apple está firmemente em linha com o que é cobrado pelas principais lojas de aplicativos e plataformas de jogos. A competitividade leva à inovação, e inovação sempre definiu a Apple. Trabalhamos incansavelmente para entregar os melhores produtos para nossos consumidores, com segurança e privacidade em seu núcleo, e vamos continuar a fazê-lo.

Em quem você acredita nessa história? Conte nos comentários.

Fonte: Business Insider