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Por que o meu Android ainda não foi atualizado?

Por| 07 de Maio de 2015 às 10h56

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Por que o meu Android ainda não foi atualizado?
Por que o meu Android ainda não foi atualizado?

O Android 5.0 Lollipop foi lançado em novembro do ano passado. Em março deste ano, quatro meses após o seu lançamento, menos de 5% dos aparelhos com sistema operacional móvel do Google estavam executando sua versão mais recente. Agora, no final de abril, dados apontaram que esse número subiu para quase 10%.

O recente crescimento foi atribuído ao início da distribuição de novos flagships, como os Samsung Galaxy S6 e S6 Edge. Porém, apesar do tímido aumento na participação, se compararmos os números do Android Lollipop ao seu principal rival, o iOS, veremos uma diferença gritante.

A Apple lançou a versão 8.0 do seu sistema operacional móvel em setembro de 2014 e apenas dois meses depois, em novembro, mais de 60% dos iPhones já estavam executando a versão mais recente – e isso pode ser considerado bem lento se compararmos as taxas de adoção das versões anteriores do iOS.

Mas afinal, por que a adoção da versão mais recente do Android está demorando tanto para alcançar os números dos seus concorrentes? E por que o seu smartphone ainda não está rodando o Android Lollipop? Vamos levantar alguns pontos importantes para esclarecer essas dúvidas.

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O problema do projeto Android

Esse ritmo lento na implantação e adoção de atualizações do Android não é nenhuma novidade. O grande problema começa na filosofia do sistema: um ambiente aberto que pode ser adaptado e personalizado por qualquer empresa capaz de fabricar um smartphone.

Esse ambiente open source é um dos pontos mais fortes do Android no quesito vendas, afinal os usuários amam essa liberdade, mas ele também traz alguns aborrecimentos, entre eles a pirataria de aplicativos, por exemplo.

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Apesar de ter sido disponibilizado oficialmente em novembro do ano passado, o Lollipop só ficou realmente disponível para alguns dispositivos da linha Nexus na ocasião. Isso porque os fabricantes adotam e desenvolvem suas versões da atualização no seu próprio ritmo – também por isso os mesmos fabricantes anunciaram estimativas de quando lançariam o Lollipop para seus gadgets.

Em contrapartida, o iOS é um ecossistema totalmente fechado e que se mantém sob a asa da Apple. A empresa não precisa se preocupar com adaptações feitas pela Samsung, HTC ou Motorola, por exemplo. A versão criada pela Maçã será a única a ser executada em todos os iPhones do mundo, e isso torna mais fácil e rápido os testes e liberação das atualizações.

Basicamente, o que acontece é que existem muitos modelos de dispositivos Android e nem todos acompanham o ritmo da evolução do sistema operacional criado pelo Google.

Tudo começa com o Google

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A gigante da web trabalha silenciosamente em suas versões do Android e assim que possível fornece o kit prévio de desenvolvimento para as fabricantes. Uma vez que a empresa anuncia uma nova versão para o público, ela libera o código fonte em seu site para que as operadoras e fabricantes de dispositivos possam avaliá-lo e elencar quais de seus aparelhos são compatíveis com a novidade.

Analisando o histórico de lançamento do Google, encontramos um certo padrão: a empresa tende a lançar novas versões do Android a cada 6 ou 12 meses, muitas vezes optando pelos meses de julho e novembro. A partir daí, começa uma corrida para liberar atualizações em tempo hábil.

Fabricantes, operadoras e burocracias

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As fabricantes de smartphones começam a desenvolver a nova versão da interface do usuário e em seguida trabalham em parceria com as operadoras para definir quais modificações são necessárias.

Nessa fase, pode ser que a operadora TIM, por exemplo, exija certas alterações nos dispositivos que serão vendidos em suas lojas, enquanto a Oi deseja outra coisa completamente diferente para os seus gadgets. Existem mais de 100 operadoras ao redor do mundo e cada uma delas quer carregar algo diferente em uma atualização do Android. Convenhamos que não deve ser nada fácil testar centenas de variações de um mesmo sistema operacional e deixá-las funcionando perfeitamente.

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Uma vez que todos os bugs possíveis (e não são poucos) forem eliminados, esses dispositivos precisam receber o "ok" do Google e das operadoras de telefonia, além de passar pelo processo de homologação da Anatel (ou do órgão regulatório específico de cada região) antes de ser liberado para os consumidores.

Depois de todo esse processo, finalmente as fabricantes podem iniciar o sistema de atualizações Over-the-Air (OTA) com todas as atualizações específicas. Uma vez que os servidores estão prontos, os usuários são notificados sobre uma nova atualização disponível para seu smartphone ou tablet.

Como podemos ver, é um processo complexo que requer muito tempo e dedicação, portanto, se o modelo do seu telefone ainda não figura nas listas de dispositivos que devem receber o Android Lollipop, é melhor ter paciência.

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