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Google dificultou acesso a recursos de privacidade do Android, revela documento

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 31 de Maio de 2021 às 11h42

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Divulgação/Google
Divulgação/Google
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O Android 12 será um grande marco em privacidade na história do sistema, mas o Google não teria adotado tais políticas de braços abertos. Documentos não editados encaminhados para uma disputa judicial mostram que a gigante testou sistemas com configurações de privacidade fáceis de encontrar, mas mudou de ideia quando viu que isso seria “um problema”.

Informações concedidas pela procuradoria-geral do estado do Arizona, Estados Unidos, alegam que o Google dificultou o acesso a algumas opções de privacidade após constatar que seria má ideia fornecer controles mais acessíveis aos usuários. Segundo os documentos, a companhia teria removido o botão de fornecimento de localização das Configurações Rápidas de alguns celulares da linha Pixel.

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Ainda de acordo com os papeis, o Google coletaria dados de posicionamento mesmo quando o fornecimento estivesse desabilitado e, em paralelo, teria entrado em contato com fabricantes parceiras a fim de convencê-las a esconder o botão de localização das Configurações Rápidas para a segunda página do menu.

Verificando no próprio Android 12, o site Android Authority notou o sumiço do botão de localização do Pixel 4. Por outro lado, no Pixel 3a XL aqui do Canaltech, o botão para fornecimento da localização pode ser encontrado nas Configurações Rápidas na segunda página. A inconsistência mostra que a situação é, no mínimo, inconclusiva: apesar das alegações documentadas, a ausência do botão pode ser um bug ou um teste estilo A/B.

Assunto controverso no Google

Toda vez que o usuário compartilha sua localização pelo celular, o Google também recebe esses dados, apontam os documentos. A companhia estaria tirando proveito de métodos avançados para coleta de informações e políticas confusas tanto para o utilizador quanto para alguns de seus próprios funcionários — que reconhecem a prática, mas também discordam dela, segundo reportagem do Business Insider.

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“Então não há nenhuma forma de fornecer sua localização para um aplicativo de terceiros sem compartilhá-la com o Google? Isso não parece algo que gostaríamos que saísse na primeira página do [New York Times]”, indaga um dos funcionários da companhia.

Em seu , o ex-executivo do Google Maps Jack Menzel disse que a única forma de evitar que o Google não identificasse onde o usuário mora ou trabalha seria atribuir um título aleatório a esses locais no mapa. A solução, além de contraintuitiva, implicaria que a gigante interpreta os dados fornecidos pelos usuários — avaliando o tempo em que passa pelo local, horários e hábitos da rotina.

Essa não é a primeira vez que o Google é adjetivado como faminto por dados, especialmente a localização, dos usuários Android. Em 2018, uma pesquisa divulgada pelo Associated Press mostrou que, mesmo com a opção “histórico de localização” desligada, a companhia continua coletando monitorando seus passos.

O desdobramento dessa disputa judicial deve levantar mais informações valiosas sobre o tratamento do Google com a base de usuários do Android. Mais dados sobre o caso, como sempre, serão noticiados aqui no Canaltech.

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Fonte: Android Authority, Business Insider