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Um em cada dez apps para Android está infectado com malware ou vírus

Por| 04 de Agosto de 2014 às 12h36

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Divulgação
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Um levantamento divulgado recentemente pela Strategy Analytics constatou o que todo mundo já sabe: o Android é o sistema operacional móvel mais usado em todo o mundo, presente em mais de 80% de todos os smartphones. Tamanha supremacia tem chamado a atenção de cibercriminosos, que estão cada vez mais empenhados em afetar usuários da plataforma do Google.

Agora, uma nova pesquisa mostra que o sistema ainda precisa melhorar (e muito) sua segurança, pois o número de ameaças está acompanhando seu crescimento estrondoso. Segundo a Cheetah Mobile, uma empresa provedora de serviços de internet com mais de 300 milhões de assinantes, um em cada dez aplicativos Android está infectado com algum tipo de malware ou vírus, número que só tende a crescer nos próximos anos.

Como informa o IBTimes, o estudo obteve cerca de 24,2 milhões de amostras de arquivos de apps para Android, captados ao longo de um período de seis meses a partir de janeiro deste ano. Após analisar os documentos, a companhia identificou que pelo menos 2,2 milhões desses arquivos possuíam algum tipo de código malicioso, principalmente de vírus e malwares. Engenheiros da Cheetah afirmam que o número de aparelhos infectados cresceu cerca de 2,5 vezes em comparação com o mesmo período de 2013.

Os locais do globo líderes em dispositivos comprometidos são a Ásia e a Europa Ocidental. Isso porque países concentrados nessas localidades vendem aparelhos piratas ou com versões modificadas do Android, o que facilita a instalação de programas maliciosos nos smartphones dos usuários. Além disso, o risco só aumenta porque nem as fabricantes nem as companhais responsáveis pelo software fazem fiscalizações mais rígidas, impedindo que os aparelhos recebam atualizações periódicas de segurança.

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"A probabilidade de um dispositivo na Ásia estar infectado é duas a três vezes maior do que um aparelho na Europa ou nas Américas", dizem os engenheiros da Cheetah. "Segundo nossa análise, os vírus provenientes de países em desenvolvimento respondem por 99,86% das infecções – 713 vezes maior em comparação com as ameaças da Google Play Store (0,14%)", completam. De acordo com os especialistas, Rússia e França também têm estado na mira dos criminosos.

Os países com mais eficácia em proteção do Android são Austrália e Estados Unidos, onde as taxas de infecção são bem mais baixas quando comparadas a outras nações asiáticas.

Pagamentos móveis são o principal meio usado por criminosos para atingir o Android (Foto: Divulgação).

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O relatório também aponta que as versões 4.1 e 4.2 do Android Jelly Bean são as mais afetadas por vírus e malwares. Ambas respondem, respectivamente, por 35,66% e 23,96% do mercado de smartphones equipados com o sistema operacional do Google, com uma proporção de infecção de 33,20% e 32,20%. Versões mais recentes da plataforma, como o Android 4.3 e o 4.4 (KitKat), correspondem, respectivamente, a 5,34% e 8,72% do mercado, com taxa de infecção de 0,30% e 6,60%.

Outro dado da pesquisa mostra que os sistemas de pagamento móveis são as principais alternativas usadas por criminosos para alcançar novas vítimas. No primeiro semestre de 2014, os vírus e malwares direcionados através dessa categoria representaram quase 68% do total de ameaças. A porcentagem é assustadora, uma vez que os crackers não precisam se esforçar muito para concluir seus ataques – apenas 1% desses crackers fez uso de alguma ferramenta de hacking.

Para especialistas, uma solução para contornar esses problemas e evitar que seu dispositivo seja infectado é sempre estar de olho ao aplicativo que está sendo baixado e se este é de uma fonte confiável – no caso, se ele faz parte da loja oficial de apps do Android, a Google Play. Outra dica é fazer o download de um bom app antivírus, também direto da Play Store, para intensificar a segurança do seu smartphone.