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O que é jailbreak?

Por| Editado por Bruno Salutes | 17 de Julho de 2013 às 10h00

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Foto: David Grandmougin (Unsplash)
Foto: David Grandmougin (Unsplash)

Se você conhece um pouco da história da Apple, deve saber que a empresa é bastante fechada no que diz respeito à alteração de suas peças de hardware e software. Quando você compra um iPhone ou iPad, por exemplo, o dispositivo permite as personalizações padrão do sistema iOS e iPadOS, como ajustes na Tela de Início e customização de widgets, além de permitir o download de uma infinidade de aplicativos da App Store.

Quaisquer outros tipos de modificações além destes citados, no entanto, não são possíveis sem o jailbreak. Saiba o que é isto e tudo o que é possível fazer com ele.

O que é jailbreak

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O jailbreak é uma alteração, ou um hack, no sistema que permite ao usuário adentrar a raiz do equipamento, tendo acesso a todos os arquivos do iOS. Em termos práticos, isto significa poder personalizar a tela do iPhone como é permitido nos smartphones Android e instalar aplicativos livremente, sem depender da App Store.

Para o usuário final, mais importante que o jailbreak é a instalação do Cydia, uma central de apps de terceiros, que faz uso das liberações da pasta raiz do sistema do dispositivo para oferecer funcionalidades que os aplicativos da App Store não poderiam trazer devido às suas limitações. O recurso pode ser realizado tanto em iPhones, como em iPads ou iPods Touch.

No entanto, é imensamente importante mencionar que o jailbreak é uma ferramenta que desabilita uma série de recursos de segurança que o sistema do iOS impõe para proteção dos seus dados, o que significa uma altíssima exposição a hackers das suas informações e senhas pessoais armazenadas no aparelho.

Como tudo começou

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No lançamento do primeiro iPhone, em 2007, foi decepcionante para muitos usuários não poderem ter mais apps além dos dezesseis que vinham pré-instalados ou personalizar o sistema operacional do aparelho. Além disto, o iPhone era vendido com o bloqueio da operadora AT&T e não poderia ser usado com o cartão SIM de nenhuma outra empresa.

Na época, um garoto chamado George Hotz foi o primeiro a realizar este desbloqueio em um iPhone. A partir dele, surgiram diversos grupos de hackers que buscavam explorar as falhas (exploits) do iOS para criarem o jailbreak, como o iPhone-Dev e os russos do RiPDev, extinto em 2010. Algumas das ferramentas para jailbreak mais famosas já criadas são a PwnageTools, a Blackra1n e a Redsn0w.

Simples e reversível

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Apesar de parecer complexo, realizar o jailbreak no iPhone costuma ser bastante simples. Isto porque, assim como a Apple, os hackers se empenham para criar um processo fácil. Algumas ferramentas exigem que você conecte o iPhone ao computador, instale um programa e dê apenas um clique, por exemplo. Trata-se de um processo reversível, já que é só restaurar o sistema original no seu iPhone para que ele fique novinho em folha.

Existem dois tipos de jailbreak: o tethered e o untethered. Entenda abaixo a diferença entre eles:

  • Tethered: uma vez feito o jailbreak no aparelho, você não poderá reiniciá-lo ou desligá-lo. Caso isso aconteça, será necessário refazer todo o processo mais uma vez;
  • Untethered: mais estável e prático, o jailbreak unthetered permanece ativo no iPhone mesmo que você o desligue ou o reinicie;

Desuso nos dias de hoje

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Atualmente, o jailbreak caiu em desuso. Não há mais a necessidade de utilizar o recurso por conta de muitos aplicativos terem se tornado gratuitos. Antes, as pessoas precisavam do jailbreak para instalar jogos e apps pagos, ou mesmo que nem sequer existiam na App Store do iOS, o que não acontece nos dias de hoje. Pelo fato de ser uma referência mundial, é difícil que certa empresa não desenvolva uma versão do seu software para o iOS.

Mas o maior crucial para o jailbreak ter caído fortemente em desuso é a questão da segurança nos smartphones. Hoje em dia, é raro encontrar um usuário de iPhone que não possua um app de banco, de finanças ou de investimentos instalado em seu dispositivo, e realizar um jailbreak aumenta significativamente os riscos de ter o seu aparelho hackeado e suas senhas pessoais roubadas.