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Quem já teve dengue tem mais chances de ter COVID-19 sintomática, diz estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 10 de Maio de 2021 às 16h30

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Wikilmages/Pixabay
Wikilmages/Pixabay

A relação entre a dengue e a COVID-19 é alvo de muitos estudos. No entanto, o mais recente deles, publicado na revista Clinical Infectious Diseases, aponta que as pessoas que já tiveram dengue no passado são duas vezes mais propensas a desenvolver a COVID-19 de maneira sintomática.

O trabalho, coordenado pelo professor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP) Marcelo Urbano Ferreira, analisou amostras sanguíneas de 1.285 moradores da cidade de Mâncio Lima, no Acre, e contou com apoio da FAPESP.

Segundo o pesquisador, esses resultados evidenciam que as populações mais expostas à dengue correm mais risco de adoecer caso sejam infectadas pelo SARS-CoV-2. Ferreira ressalta que a causa disso talvez se dê por meio de fatores sociodemográficos.

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O estudo mostrou que 37% da população avaliada já havia contraído dengue até novembro de 2019 e 35% havia sido infectada pela COVID-19 até novembro de 2020. Os pesquisadores também estudaram os sintomas e o desfecho dos voluntários diagnosticados com a doença.

O grupo concluiu que a infecção prévia pelo vírus da dengue não altera o risco de um indivíduo ser contaminado pelo SARS-CoV-2, mas quem teve dengue no passado apresentou mais chance de ter sintomas, se infectado pelo coronavírus.

Ainda não se sabe as causas do fenômeno descrito no artigo. Uma das possibilidades gira em torno de uma base biológica, ou seja: os anticorpos contra o vírus da dengue estariam favorecendo de algum modo o agravamento da COVID-19. A outra possibilidade é a questão sociodemográfica.

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Fonte: Clinical Infectious Diseases via Agência Fapesp