Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

EUA vivem pior momento da pandemia da COVID-19

Por| 04 de Dezembro de 2020 às 20h00

Link copiado!

Fernando Zhiminaicela/Pixabay
Fernando Zhiminaicela/Pixabay

No mundo todo, mais de 65 milhões de pessoas já foram contaminadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) desde o início da pandemia, segundo os dados levantados pela Universidade Johns Hopkins. Nesse cenário, a COVID-19 segue sendo um desafio para a humanidade e afeta, especialmente, alguns países, como os Estados Unidos. Na última quarta-feira (2), o país registrou 3,2 mil óbitos pela infecção.

Em média, os novos casos diários da COVID-19 ultrapassam os números registrados em abril — momento mais grave, até então, da pandemia. Além disso, os EUA bateram, na quarta passada, o número máximo de óbitos registrados em um único dia devido à infecção. Anteriormente, a maior quantidade de mortos, em 24h, foi registrado no dia 15 de abril, quando 2.752 pessoas morreram.

Continua após a publicidade

No total, os EUA acumulavam 14,2 milhões de casos da COVID-19, sendo 277,4 mil mortes até sexta-feira (4). Tanto em número de casos quanto no número de mortes, o país é o primeiro colocado em um ranking — desenvolvido também pela Universidade Johns Hopkins— que engloba dados de 191 países sobre a pandemia do coronavírus.

Mais hospitalizações

Na última semana, as hospitalizações devido à COVID-19 atingiram o maior patamar histórico. Segundo dados apurados pelo jornal The New York Times, mais de 100 mil pessoas estão internadas pela própria infecção por coronavírus ou por complicações, diretamente, ligadas a doença. Em termos comparativos, esse número é mais que o dobro das internações contabilizadas no começo de novembro.

"Se você me diz que as hospitalizações estão aumentando nesta semana, eu digo que, em algumas semanas, o número de mortes vai aumentar, também", explica o médico Jeremy Faust, que trabalha no setor de emergência do Hospital Brigham and Women’s, em Boston. Isso porque o aumento dos óbitos será a consequência esperada do maior número de internações por todo o país.

Continua após a publicidade

Segundo Faust e outros especialistas, o atual momento epidemiológico dos EUA pode ser mais perigoso do que a primeira onda da COVID-19. O motivo: a descentralização do aumento de casos e das internações. Na primeira onda, os casos estavam mais concentrados em Nova Iorque e na Nova Inglaterra, por exemplo.

"Esta é uma situação muito pior", defende o médico Ashish Jha, reitor da Escola de Saúde Pública da Brown University. "As coisas não estão fechadas", lembra Jha sobre a falta de medidas para controlar e mitigar o contágio do coronavírus pelo país. Agora, o coronavírus está contaminado todo o país e isso pode ganhar uma nova dimensão com as comemorações de final de ano.

Óbitos vs Vacinas

Continua após a publicidade

Embora os EUA vejam os casos da COVID-19 crescerem de forma acelerada e o número de novas infecções chegar a um milhão por semana, a proporção de óbitos é muito menor do que a registrada no início da epidemia do coronavírus. Em outras palavras, morrem menos pessoas devido à infecção hoje do que no início da epidemia.

Segundo dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDCs), a proporção de casos que resultaram em morte caiu de 6,7% em abril para 1,9% em setembro. É verdade também que os médicos estão cada vez mais capacitados para cuidar dos pacientes e entendem melhor como a infecção age no organismo, dessa forma, têm melhores estratégias para o tratamento, o que reduzir, de forma, significativa as mortes.

Mesmo com essa "vantagem", o número de óbitos segue subindo no país. "É terrível porque era evitável", comenta Leora Horwitz, médica e professora associada de saúde populacional e medicina do N.Y.U. Grossman School of Medicine. De acordo com Howrwitz, se a atual situação tivesse ocorrido em março ou abril, os números seriam mais alarmantes.

Outra importante aposta para barrar os piores cenários da COVID-19 são as vacinas que podem barrar a onda de contágio. Nos EUA, tanto o imunizante da farmacêutica Pfizer quanto o da Moderna aguardam a aprovação de uso emergencial. No momento, a agência federal Food and Drug Administration (FDA) analisa os dados técnicos dos estudos clínicos para autorizar a possível vacinação contra o coronavírus.

Continua após a publicidade

Fonte: NYTEstadão