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CoronaVac: pesquisadores do Chile sugerem uso de terceira dose da vacina

Por| Editado por Luciana Zaramela | 16 de Julho de 2021 às 17h05

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AtlasComposer/Envato
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No Chile, os pesquisadores responsáveis pelos estudos clínicos da vacina CoronaVac defenderam, na quinta-feira (15), a adoção de uma terceira dose do imunizante contra a COVID-19. A orientação foi compartilhada, após análises observarem queda nos níveis de anticorpos passados seis meses. A mesma investigação observou uma capacidade de neutralização da variante Delta (B.1.671.2) do coronavírus SARS-CoV-2, no entanto, ela é menor que a obtida contra o vírus original.

Até agora, o governo do Chile já imunizou 69,5% da população com pelo menos uma dose de uma vacina contra a COVID-19, sendo que 60% está com a imunização completa (2 doses), segundo dados da plataforma Our World in Data. No país são adotadas, além da CoronaVac, a vacina da Pfizer/BioNTech, a da AstraZeneca/Oxford e da Cansino.

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Estudo clínico da CoronaVac

Para verificar os efeitos da vacina CoronaVac contra o coronavírus, os pesquisadores chilenos seguem acompanhando a população vacinada. Em um estudo clínico com 2 mil voluntários, a equipe identificou que seis meses após receber a primeira dose da vacina, menos de 3% deles contraíram a COVID-19, de forma grave. Isso induz uma alta eficácia do imunizante contra casos graves da doença.

No entanto, a partir desse período, a taxa de anticorpos começa a diminuir. Os resultados do estudo CoronaVac03CL foram divulgados, nesta semana, pela equipe liderada por Alexis Kalergis, diretor do Instituto Millennium em Imunologia e Imunoterapia (IMII) e pesquisador da Universidade Católica do Chile (UC).

Quada no nível de anticorpos e terceira dose

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No estudo, por mais que os níveis de anticorpos continuem elevados após seis meses, foi detectada uma queda geral no nível de anticorpos e na imunidade celular contra o coronavírus. A partir desses achados, a terceira dose da CoronaVac deve ser recomendada. Inclusive, essa é a sugestão que o grupo daria ao Ministério da Saúde do Chile, segundo Kalergis.

“Até o momento, as vacinas aprovadas para uso têm demonstrado uma eficácia populacional muito boa, reduzindo os casos da doença. Esses estudos sugeririam que a imunidade induzida pela vacina está apresentando um efeito protetor contra as variantes predominantes, apesar da neutralização parcial relatada. No entanto, a diminuição natural dos anticorpos após a vacinação evidencia a necessidade de fortalecer a imunidade com doses de reforço para compensar e potencializar a neutralização do vírus”, comenta Kalergis.

“Visto que estamos em situação de pandemia, com alta circulação viral e aparecimento frequente de variantes do vírus com mutações que podem torná-los mais contagiosos e diferenciá-los da cepa original”, Kalergis conclui sobre a importância da dose de reforço da CoronaVac. 

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Eficácia contra a variante Delta

Por enquanto, as vacinas aprovadas para uso emergencial contra a COVID-19 estão demonstrando a capacidade em conseguir neutralizar as novas variantes do agente infeccioso. O que é observado, na maioria dos casos, é a redução de sua eficácia no combate as novas mutações.

“Os resultados preliminares de nossos colaboradores na China indicam que os anticorpos podem neutralizar essa variante, mas em menor grau. Nós, da UC, observamos por meio de testes in vitro que a neutralização contra uma variante equivalente à Delta seria reduzida em pelo menos 4 vezes em comparação com a capacidade da cepa viral original", afirmou a pesquisadora Susan Bueno, uma das autoras do estudo.

Fonte: Universidade Católica do Chile